MEMÓRIA

Pissardo queria matar mais 4 parentes após executar a família em São José

Casal de tios e dois primos escaparam da morte porque o estudante desistiu de matá-los

Por Xandu Alves | 09/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Reprodução / TV Vanguarda

Gustavo Pissardo durante o enterro dos pais e da irmã
Gustavo Pissardo durante o enterro dos pais e da irmã

Em depoimento à Polícia Civil de São José dos Campos após confessar ter matado a família – pais, irmã e avós –, o então estudante Gustavo Pissardo, na época com 21 anos, disse que pretendia matar mais quatro parentes: um casal de tios e dois primos.

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Eles moravam em Campinas e escaparam da morte porque Gustavo desistiu de matá-los. Os crimes ocorreram entre os dias 29 e 30 de setembro de 1994, há quase 30 anos.

Os primeiros a serem mortos foram os pais e a irmã do estudante, o mecânico de manutenção Gumercindo, 46 anos, a dona de casa Adelaide, 49 anos, e Maria Paula, 18 anos. Ele executou os três a tiros, enquanto assistiam TV dentro da própria casa. Gustavo usou o revólver calibre 32 o pai.

Horas depois dos crimes bárbaros, Gustavo pegou a camionete branca da família e dirigiu por cerca de 140 quilômetros até Campinas, na casa dos avós. Lá, ele matou a tiros João, 74 anos, e Antônia, 64 anos.

Em depoimento à Polícia Civil, após ser preso e confessar o crime, Gustavo disse que pretendia sair da casa dos avós mortos e matar um casal de tios e dois primos, mas que desistiu da matança. “Queria ir para a casa da minha tia matar eles”, disse ele à polícia.

Após executar cinco familiares, ele pretendia colocar mais quatro parentes na mórbida conta dos homicídios em série.

A tia e o tio que escaparam foram os mesmos que encontraram os corpos dos avós de Gustavo mortos na casa deles, e avisaram a polícia. Essa foi uma das pistas que reforçou a linha de investigação da Polícia Civil de São José dos Campos, que pediu a prisão preventiva de Gustavo dias depois dos crimes.

Gustavo foi preso no dia 5 de outubro de 1994 e manteve a versão de que não sabia explicar o motivo dos crimes.

O jovem foi julgado em 1997 e condenado a 63 anos de prisão. Um novo júri foi realizado em 1998 e a pena caiu para 42 anos, 7 meses e 6 dias em regime fechado.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que Gustavo é egresso da Penitenciária 1 de Sorocaba, desde 12 de maio de 2014, quando passou ao regime de prisão albergue domiciliar, agora transmutado em regime aberto.

Três décadas após o crime, OVALE descobriu que Gustavo vive em Sorocaba, onde cumpre a pena em regime aberto desde 2014. Ele havia progredido para o regime semiaberto em 2008, após algumas negativas da Justiça. O término da pena é previsto para 2033.

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