CONSTRANGIMENTO

Professora diz que foi demitida após ter fotos nuas vazadas por alunos

Bruna Barcelos emprestou aparelho para que alunos pudessem tirar fotografias de um evento escolar, mas estudantes acessaram pastas particulares e compartilharam fotos da professora

Por Da redação | 26/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Reprodução

Professora diz estar envergonhada com a situação
Professora diz estar envergonhada com a situação

A professora de História Bruna Flor de Macedo Barcelos denunciou que teve fotos em que ela estava nua vazadas por estudantes após eles acessarem pastas privadas do celular pessoal dela. A informação é do G1 e de O Popular.

Acesse este link para entrar no grupo do WhatsApp de OVALE: https://chat.whatsapp.com/Cr0OaWpMsRCAOp97WpQhAD

Após o ocorrido, a professora foi demitida da Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira, em Alto Paraíso de Goiás, no entorno do Distrito Federal.

“Me senti violada, violentada. Na sequência, a gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi vítima na situação”, disse a professora.

CELULAR.

Segundo a professora, ela emprestou o aparelho para que os alunos pudessem tirar fotografias de um evento escolar que, posteriormente, seriam usadas em uma atividade pedagógica. No entanto, eles acessaram pastas particulares e compartilharam as imagens com os demais colegas.

A professora denunciou o vazamento das fotos na Polícia Civil. Segundo Bruna, a gestão da escola soube do ocorrido após uma coordenadora ver diversos estudantes reunidos e, ao se aproximar, ver que eles estavam olhando uma foto de Bruna nua.

“Eu trabalhei até o quinto horário normalmente, sem saber de nada, enquanto estava todo mundo já sabendo da situação, eu só vim a saber às 18 horas quando a diretora, no final do dia, me chamou para uma reunião, dizendo que era entre eu e ela. Mas tinham seis pessoas na sala, me senti inibida e é onde ela me passou o fato, fiquei estarrecida”, contou a professora.

CONFLITOS.

Após a situação, Bruna disse que passou a ser destratada no ambiente escolar por parte de colegas e da gestão. Ela tinha um contrato de cinco anos com a escola e a demissão ocorreu em menos de oito meses após o início do contrato, em 2023.

Em resposta a um ofício em defesa da professora, a escola afirmou que o regimento escolar estipula que os professores não podem emprestar seus celulares de uso pessoal aos alunos.

A instituição também destacou que as decisões foram tomadas em conformidade com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que preconiza a proteção integral das crianças e seus direitos. Além disso, a instituição alegou que orientou a professora a procurar a polícia.

Bruna disse que o celular foi emprestado porque a escola não tinha aparelhos que fizessem filmagem e que o registro do evento, que fazia parte do Mês da Consciência Negra, era importante.

“Solicitar que estudantes façam o registro de uma atividade é dotá-los de autonomia, tem valor imprescindível para um ser humano livre e cidadão”, afirmou.

Receba as notícias mais relevantes de Vale Do Paraíba e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.