ENTREVISTA EXCLUSIVA

VÍDEO: Felicio diz que Cury e Emanuel ‘fazem parte do time’ e não nega querê-los no PSD

Tucanos foram os que mais perderam partidários na região para o PSD de Felicio

Por Xandu Alves | 22/03/2024 | Tempo de leitura: 4 min
São José dos Campos

Daniele Souza/OVALE

Felicio Ramuth na redação de OVALE
Felicio Ramuth na redação de OVALE

A menos de um mês de encerrar o prazo para filiação partidária, visando as eleições municipais de 2024, o governador de São Paulo em exercício, Felicio Ramuth (PSD), faz um aceno para Eduardo Cury e Emanuel Fernandes, principais lideranças ligadas ao PSDB no Vale do Paraíba.

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Em entrevista exclusiva a OVALE, Felício disse que ambos fazem parte do mesmo grupo do que ele e que “nada do que Cury ou Emanuel pensam é diferente de como eu penso ou de como pensa o Anderson [Farias, prefeito de São José]”.

Felicio e Anderson trocaram o PSDB pelo PSD em janeiro de 2022 após décadas no partido, tendo sido lançados na política justamente por Cury e Emanuel.

TUCANOS.

Insatisfeito com os rumos do tucanato paulista, Felicio trocou de legenda para disputar o governo de São Paulo em 2022, para depois abrir mão da candidatura para ser vice na chapa vencedora com Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O movimento levou centenas de tucanos de São José e da região para o PSD de Gilberto Kassab – ao menos 11 prefeitos e prefeitas do Vale eleitos pelo PSDB mudaram para a legenda de Felicio e Anderson.

No entanto, cortejar Cury e Emanuel é estratégico para o PSD em São José, em razão do cenário desafiador que Anderson pode enfrentar nas urnas em outubro.

Pesquisa OVALE/Sampi/Ágili Pesquisas de maio do ano passado mostrou Cury liderando as intenções de voto para prefeito de São José, com 26,73% em um dos cenários testados na pesquisa estimulada. Anderson apareceu com 13,37%.

Confira trecho da entrevista com o governador em exercício de São Paulo.

Em 2022, o senhor comandou um movimento de migração do PSDB para o PSD, ao lado do hoje prefeito Anderson Farias e de centenas de correligionários. Como avalia a possibilidade do PSD enfrentar nas urnas ex-aliados como Eduardo Cury e Emanuel Fernandes?

Primeiro é natural. A gente fez um movimento que eu avalio cada dia que passa que foi o movimento certo, na hora certa. O resultado tem sido positivo para a cidade, para a região e também a oportunidade aqui da região de ter um vice-governador, hoje eventualmente como o governador em exercício, tendo lá uma representação de todo o Vale do Paraíba.

Eu foquei muito minhas agendas aqui na região, tem muitas agendas na região e gosto porque é uma região que eu conheço. O governador [Tarcísio] sabe disso, os demais secretários sabem.

E toda vez que precisam de algum investimento e têm alguma dúvida em relação à região do Vale do Paraíba, eles sempre que podem me consultam em relação a algum tipo de problema e a ação que eles têm que fazer por aqui.

E na questão política?

Do ponto de vista político é natural que em algum momento a política acabe levando para caminhos distintos, mas é importante dizer que eu considero um único grupo político. Nada do que o Cury ou Emanuel pensam é diferente de como eu penso ou de como pensa o Anderson.

Significa que Cury e Emanuel estão no radar do PSD?

Mais até do que o Cury e o Emanuel, tem muitas pessoas que estão no PSDB hoje que faziam parte do nosso time. E essas pessoas representam aquilo que a gente sempre acreditou também. Por uma circunstância política acabaram permanecendo ali. São todas as pessoas do nosso convívio, pessoas que continuam torcendo principalmente pela cidade e acho que São José está na direção certa.

Qual é a meta do PSD para 2024? É ter candidato próprio à prefeitura em todas as cidades do Vale?

Sim, hoje o PSD já tem 348 prefeitos no estado de São Paulo, mais do que a metade das cidades. É claro que tem cidades que nós temos a reeleição de prefeitos que já estão no PSD e em outras teremos sucessores para serem apresentados. Por exemplo, a Ana Lúcia, de São Luís do Paraitinga, que tem um sucessor que ela apresenta para a eleição. É natural.

Aliás, é um momento que a gente fala que a sensibilidade fica a flor da pele, porque a gente tem um governo e tem que cuidar das pessoas em conjunto com os prefeitos, que eventualmente podem ser de partidos diferentes.

E como será na campanha, com os apoios políticos?

Na cidade de São José dos Campos já temos um compromisso do governador Tarcísio ao meu lado para apoiar o Anderson, mas pode acontecer, eventualmente, de ter locais que o Bolsonaro possa apoiar um candidato do PL, o Republicanos ter outro candidato, que é o partido do governador Tarcísio, e eu ter outro candidato.

A gente tem que ter consciência de que o nosso trabalho tem que ser pelas pessoas, e a gente não pode misturar isso nesse período eleitoral. Claro, cada um tem que fazer a sua campanha, tem que fazer a sua eleição, mas o governo do estado de São Paulo vai continuar estando ao lado dos prefeitos e das prefeitas, que são as autoridades máximas das cidades, para fazer um trabalho conjunto, ainda que, no período eleitoral, com uma série de restrições, para fazer transferência de recursos, de publicidade, que também envolvem o ano eleitoral.

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