Dois anos e meio após a implantação das vagas solidárias na Zona Azul de Taubaté, o governo José Saud (PP) quase nada avançou na ampliação do modelo, que seria uma alternativa a uma promessa de campanha descartada pela administração do atual prefeito.
Faça parte do canal de OVALE no WhatsApp e receba as principais notícias da região! Acesse: https://whatsapp.com/channel/0029VaDQJAL4tRs1UpjkOI1l
Implantado em setembro de 2021, o sistema tinha 70 vagas solidárias na época - nessas vagas, os motoristas podem estacionar sem pagar por até uma hora por dia, mas em períodos distintos, sendo 30 minutos pela manhã e 30 minutos à tarde.
Atualmente, são 80 vagas solidárias, o que representa apenas 2,5% do total de 3.164 vagas de Zona Azul na cidade.
PROMESSA.
Na campanha de 2020, uma das promessas mais repetidas pelo agora prefeito era de que a Zona Azul teria “primeira hora grátis no geral, e duas horas grátis perto de hospitais e igrejas”. Em dezembro de 2022, o governo Saud admitiu que a promessa não seria cumprida, sob a alegação de que a medida "causaria profundo desequilíbrio econômico-financeiro do contrato" com a concessionária Estapar.
Na ocasião, a nova promessa foi de ampliar o modelo das vagas solidárias. Para isso, a possibilidade estudada era de reduzir o valor de outorga que a concessionária precisa repassar ao município – pelo contrato, assinado em agosto de 2019 e que tem 10 anos de validade, a empresa repassa à Prefeitura 41,81% do arrecadado com a Zona Azul.
No entanto, faltando 10 meses para o fim do mandato do prefeito, não há previsão de expansão significativa do modelo.
PREFEITURA.
Sem dar nenhuma informação concreta sobre uma possível expansão do modelo, a Secretaria de Mobilidade Urbana alegou que “as vagas solidárias serão readequadas e ampliadas em conjunto com as necessidades de ampliação e implantação das vagas de uso gratuito e exclusivo, seja para idoso, pessoa com deficiência, carga/descarga, embarque/desembarque de transporte por aplicativos e de pessoas com espectro autista, de forma a não impactar no equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão”.
Sobre a promessa original, da “primeira hora grátis no geral, e duas horas grátis perto de hospitais e igrejas”, a secretaria repetiu que isso “causaria profundo desequilíbrio” no contrato, “o que inviabiliza sua implantação”.