"Eu estava vulnerável. Não sabia o que estava acontecendo", relatou Geovana Pontes, influenciadora de 19 anos, do Paraná, que acredita que tenha sido dopada, agredida fisicamente e abusada sexualmente por um grupo de "influencers" durante festa em Igaratá, no Vale do Paraíba, em 28 de janeiro.
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Geovana e a amiga saíram de Curitiba, onde vivem, para uma festa de final semana num sítio em Igaratá, da qual participaram criadores de conteúdo digital, inclusive mulheres.
"Comecei a ficar num estado fora do normal. Eu não aguentava mais meu corpo, não tinha reação. Não conseguia ter forças, reação, nada. Tinham sete ou oito e começaram a me gravar na piscina, tirando o meu biquíni. Fui abusada por quatro homens, contou a O Globo.
AGRESSÕES
Em outra entrevista, dessa vez a um programa da Record TV, ela relatou que antes de serem agredidas, cinco homens começaram a discutir com ela e a amiga, porque teriam reclamado de estarem sem comer e de não haver sinal de celular no sítio.
Ao tentar gravar a discussão, um dos rapazes partiu para cima da amiga e as agressões começaram. Tentando ajudá-la, Geovana também foi agredida. Ela relata que os homens incentivavam os suspeitos a bater nelas.
O caso tem sido acompanhado pelo advogado Igor José Ogar, que além de advogar, cria conteúdo para o Instagram; ele tem 676 mil seguidores. Juntos, estiveram no IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba e na Casa da Mulher Brasileira, um centro de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil emitiu nota a respeito das investigações. “A denúncia relacionou um local na cidade de Igaratá, onde teria ocorrido as humilhações e abusos, razão pela qual a DM de IGARATÁ/SP seguirá com as apurações. Foram expedidas requisições policiais, sendo que diante da nova notícia de abuso sexual, outro exame médico-legal também foi requisitado. Os envolvidos estão sendo identificados pela equipe de investigação, para devida qualificação e intimação. Da mesma forma as vítimas serão ouvidas para auxiliar no levantamento da conduta de cada um dos imputados. No mais, as investigações seguiram sob sigilo para preservar a intimidade das vítimas."
