LEILA PAES

Os gritos da internet e eu

Por Leila Paes | Pastora e psicóloga
| Tempo de leitura: 2 min

A internet grita. Sua voz interrompe nosso dia a dia, atropela nossa paz de espírito, sequestra sonhos. Ah, sim, ela também traz boas notícias, incentiva, impulsiona. Como tudo na vida, tem seu lado bom, e tem seu lado ruim.

A pergunta é minha capacidade de escolha sobre os “gritos” que devo ouvir. Na realidade temos livre arbítrio, e podemos sim arbitrar sobre a vida como um todo, ou seja, certas influências não deveriam conseguir nos remover do que é bom e nos faz bem. No entanto, na realidade, os “gritos” são altos, insistentes, e tão repetitivos que, quase automaticamente, nos colocamos debaixo da influência deles. Nos vemos querendo o que todo mundo quer, nervosos porque todo mundo está nervoso, ansiosos pelo problema de todos, comendo o que todo mundo come, pensando no que todo mundo pensa.

Questiono essa conformidade. Será que os gritos têm mesmo todo esse poder? Será que obedecê-los vai mesmo me trazer bem-estar? Será que vale a pena ser tão “maria-vai-com-as-outras” assim? Quem sabe temos algo muito mais precioso para ouvir, porque outra pergunta que incomoda é se a voz do povo é mesmo a voz de Deus. Antigamente se dizia isso. Hoje vemos que uma não tem relação com a outra.

Que haja força para não sermos subjugados pelo que a internet grita, mas para avaliar tudo e adotar apenas o que é bom. Uma vez, o apóstolo Paulo disse isso aos bereanos: mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal (Livro de 1 Tessalonicenses 5:21-22).  A importância de julgar e analisar tudo o que vem pela internet ou está disponível nos sites é imensa. A partir disso, faremos escolhas sábias de dar ouvidos apenas ao que realmente é bom. Isso terá resultados de paz e bem para nós e para os nossos!

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