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MONTADORA
Metalúrgicos da GM aprovam demissão voluntária em São José; programa vai dar até carro
Programa prevê indenização diferenciada por tempo de serviço e até carro para atrair trabalhadores; meta é a adesão de 830 trabalhadores
Por Da redação | 01/12/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos
Divulgação / Cristiane Cunha
Metalúrgicos da General Motors em São José dos Campos aprovaram, em assembleia nesta sexta-feira (1º), a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) na fábrica. A proposta é resultado das negociações entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
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A meta, segundo a montadora, é conseguir a adesão de 830 trabalhadores. Segundo o sindicato, o programa é aberto a todos que estão operando regularmente na fábrica ou que estejam em licença remunerada. O período de adesão é de 5 a 12 de dezembro.
O PDV é uma alternativa às demissões realizadas em outubro pela GM e que foram canceladas pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e o TST (Tribunal Superior do Trabalho).
PROPOSTA
A proposta aprovada pelos trabalhadores prevê indenizações diferenciadas dependendo do tempo de fábrica.
Para os que tenham de um a seis anos de GM, pagamento de seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil.
Para os que tenham sete anos ou mais de fábrica, cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil.
Segundo o sindicato, para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica haverá retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada.
Para quem não aderir, haverá estabilidade no emprego até 3 de maio de 2024.
Em relação aos dias parados durante a greve, a proposta prevê a compensação de 50% até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção.
A fábrica de São José dos Campos tem cerca de 4.000 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.
ENTENDA
Em outubro, a GM demitiu 839 funcionários de São José dos Campos, 300 de São Caetano e 105 de Mogi das Cruzes, “desrespeitando o acordo de layoff que garantia estabilidade para todos na fábrica”, informou o sindicato.
Os cortes resultaram na deflagração de uma greve unificada de 17 dias entre os metalúrgicos das três fábricas. A paralisação só foi suspensa após o cancelamento das demissões e o pagamento dos dias parados.
“O sindicato é contra qualquer fechamento de postos de trabalho, mas o PDV já era uma pauta nossa como alternativa às demissões arbitrárias que chegaram a ser feitas pela GM. O PDV, entretanto, não coloca ponto final na luta em defesa dos empregos. Estaremos atentos a qualquer movimentação da empresa no sentido de realizar novos cortes. Combatemos de forma permanente toda medida que seja prejudicial aos trabalhadores”, disse o secretário-geral do sindicato, Renato Almeida.
Procurada, a GM ainda não comentou a abertura do PDV.
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