FRAN GALVÃO

Nova York e uma moda básica com borogodó

Por Fran Galvão | Consultora de imagem e estilo
| Tempo de leitura: 2 min

A cidade que nunca dorme, tem realmente me feito dormir pouco. Em meio a minha temporada em Nova York muito tem acontecido, e quem acompanha a coluna e minhas redes têm encontrado polêmicas como as “falsas bolsas, falsas vidas, falsas influências”, também sobre amizades que não sai de moda, meus agradecimentos de thanksgiving naquelas opções que “está na moda, mas eu estou fora” e eu e minha ativação comercial (o lançamento de uma nova turma do meu curso Estilize-se) em um telão em meio a Times Square. Um telão de 280 metros quadrados com uma resolução de 1.044 x 672 pixels – um daqueles telões tão brilhantes que os astronautas podem identificar lá do espaço. Nova York é isso! É energia, é realização, é o centro da moda e do mundo.

Quando pensamos na moda, Nova York tem reforçado para mim um significado muito genuíno, a moda como ferramenta de comunicação e autoestima. As vitrines, o street style tem traduzido muito uma mensagem de “um básico com borogodó e autenticidade”. Aliás, oportuno essa mensagem, visto que trouxe para ler aqui o novo livro de Arhur Bender chamado Autenticidade. (Arthur Bender é o criador do conceito de Personal Branding)

Já logo no início, uma passagem do livro faz referência ao livro Foco, de Daniel Goleman e diz “...estamos num outro campo, o das percepções. De nós sobre nós mesmos e sobre os outros. Dos outros sobre a gente. E de tudo que isso pode representar num mundo onde ninguém consegue ter tempo de se aprofundar em nada, onde a atenção é um insumo precioso e pouco encontrado, e que todos acabamos comprando os sinais que nos dão. Então, eu interpreto você pelos sinais que você me dá.”

Um tema que como consultora de imagem já trabalho e reforço há bastante tempo, a rapidez com que julgamos uns aos outros e o impacto disso em desenvolvermos relações pessoais e profissionais. Ter a noção de que você é uma marca e entender a importância de se posicionar de forma intencional, é fundamental para ser percebida. A sua imagem abre portas para que você seja ouvida.

Esses dias por aqui tem me parecido que essa intencionalidade inclusive (ou principalmente) no vestir, tem sido levada bem a sério. O visual nas ruas e nas vitrines tem se apresentado sem que precise abrir a boca. Menos “uma moda de bonita”, mais “uma moda de comunicação” e com aquela pitada extra de quem entende que cuidar da imagem e gostar de moda não são coisas excludentes.

Afinal como diz Carlos Drummond de Andrade, “A roupa não é só um cartão de visita é uma carta aberta para ser lida até por analfabetos”.

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