Após a Prefeitura de Taubaté reduzir o serviço de coleta seletiva no município, a média mensal de material recolhido na cidade teve uma queda de 71,89%.
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De janeiro a junho desse ano, foram recolhidas 170,84 toneladas de material reciclável por mês, em média. De agosto a outubro, quando o serviço passou a ser feito apenas na região central, essa média caiu para 48,02 toneladas. Ou seja, em média, 122 toneladas de material reciclável estão deixando de ser recolhidas a cada mês nos bairros.
Em julho, foram 136,94 toneladas recolhidas na cidade, mas esse mês não foi levado em consideração pela reportagem no cálculo, já que foi marcado por paralisações dos funcionários terceirizados devido à demissão em massa de trabalhadores ocorrida após o atraso nos repasses da Prefeitura para a EcoTaubaté.
CRISE.
Até fevereiro desse ano, o custo mensal do contrato era de R$ 6,997 milhões. No entanto, a Prefeitura autorizou reajuste de 30,25%, passando para R$ 9,114 milhões ao mês, a partir de março. Na época, o governo José Saud (MDB) alegou que os reajustes dos dois anos anteriores não haviam sido aplicados.
Após o reajuste, a Prefeitura deixou de repassar à empresa os valores de março, abril, maio e junho, o que resultou em uma dívida de R$ 36,4 milhões. A EcoTaubaté anunciou então que demitiria 120 dos 500 funcionários, o que levou a paralisações no serviço.
A partir de agosto, a pedido da Prefeitura, o valor mensal do contrato foi reduzido para R$ 5,589 milhões, uma queda de quase 40%. Com isso, foram reduzidos os serviços de coleta seletiva, poda de árvores, varrição manual de vias públicas, roçada manual e mecanizada, coleta de entulho manual e mecanizada, além da coleta de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária). Além disso, foram suspensos os serviços de limpeza de boca de lobo, varrição mecanizada de vias, programa de conscientização ambiental, lavagem de vias e logradouros, tratamento, disposição e redução de massa, além da pintura de guias.
REPERCUSSÃO.
A Prefeitura afirmou que a coleta seletiva será retomada nos bairros apenas quando o município conseguir adequar a situação financeira, mas que não há previsão para que isso ocorra.
A Prefeitura alegou ainda que a dívida com a EcoTaubaté está em R$ 35,5 milhões. A empresa não se manifestou sobre esse valor.
O sindicato que representa os funcionários informou que, desde julho, 180 trabalhadores foram demitidos.
