LÍDERES

Os dados ainda dão conta de que os líderes organizacionais encaram uma cultura de coaching como um benefício potencialmente significativo para lidar com o stress, o esgotamento e outras dificuldades emocionais dos funcionários.

O estudo compilou insights de um total de 470 participantes, incluindo profissionais das áreas de Recursos Humanos, Aprendizagem e Desenvolvimento e Gestão de Talentos.

O esgotamento surge quando as pessoas trabalham demasiado ou estão insatisfeitas com o que estão fazendo.

A presidente da ICF Brasil, Camila Bonavito, explica que esta tendência sinaliza um futuro forte para práticas de coaching integradas.

“O coaching oferece um ótimo método para explorar outras opções ou diferentes maneiras de fazer as coisas, o que explica o resultado do estudo em que aponta que a maioria dos entrevistados pretende aumentar ainda mais ou manter o foco no coaching nos próximos cinco anos”, afirmou.

CULTURA DE COACHING

À medida que as culturas de coaching avançam, revelam os dados, há mais oportunidades de crescimento: apenas 27% das organizações tornam o coaching de um coach profissional acessível a todos os funcionários. Mais frequentemente, o coaching é concedido exclusivamente ao pessoal de nível sénior – um primeiro passo adequado na implementação de uma cultura de coaching, uma vez que pode ter um efeito cascata nas equipas que gerem.

Cerca de 90% dos entrevistados concordaram que os gestores e líderes precisam de integrar competências de coaching nas suas interações, refletindo o reconhecimento do coaching como uma ferramenta valiosa. Outros funcionários, no entanto, beneficiam claramente o acesso ao coaching, especialmente os funcionários de alto desempenho.

A CEO da ICF, Magdalena Nowicka Mook destaca que numa altura em que tantos lutam contra a fadiga física e mental, uma nova abordagem ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal num ambiente híbrido e uma forma diferente de envolvimento, o coaching acaba por apoiar uma mudança em direção a um ambiente mais apropriado e conectado, onde a resiliência, a confiança, e a colaboração é promovida.

“Numa era de limites profissionais redefinidos e de liderança impulsionada pela empatia, o que antes era visto como qualidade, passa a ser necessidade. As organizações que investem na construção de uma cultura de coaching estarão um passo à frente na retenção e captação de talentos de topo. Além disso, eles obterão melhores resultados para seus funcionários e partes interessadas”, concluiu.