Quando falamos de moda setembro é o mês mais importante, é como se marcasse o ano novo na indústria. As revistas de moda (as que ainda existem) no mundo todo, celebram o mês com verdadeiros rituais, acompanhando as Fashion Weeks (semanas de moda internacionais).
Existe até um documentário antigo, lá de 2009, sobre o tema, o “The September Issue” que retrata o frisson da indústria da moda durante o mês de setembro. É claro que de lá pra cá muitas coisas mudaram na indústria. Vivemos uma pandemia, o digital tomou conta de tudo e a moda vem se reinventando, mas ainda assim sempre indico esse documentário para quem gosta de temas como moda, marketing e liderança.
Para as revistas é a maior edição do ano, para as passarelas é a sobrecarga do passaporte, começando por Copenhagen, seguido de New York, Londres, Milão e fechamos o mês em Paris. Tenho orgulho de dizer que, essa colunista quem vos fala já foi convidada assídua de 2016 a 2020. Uma fase bastante fashionista!
Desde essa época adoro acompanhar os desfiles com um olhar bastante técnico. É preciso deixar de lado o meu gosto pessoal, o meu estilo, aquilo que eu escolheria para fazer parte do meu guarda-roupa, para entender o que cada marca aposta para as próximas temporadas. Junto com isso, observar o street style - a moda das ruas - em torno de cada desfile e fazer as minhas apostas do que nós usaremos.
Depois disso e considerando que os desfiles são um show de venda e marketing, e muitas vezes os looks apresentados parecem difíceis de serem usados (apesar que nos últimos desfiles tivemos muito presente a atemporalidade) me permito analisar aquilo que gosto e para isso uso a dica de pensar em composições de looks com as peças que me chamaram atenção, tentar combinar essas peças com outras que talvez eu já tenha e criar novas produções que sejam mais "reais" para o meu dia a dia e estilo.
Também acho muito valido analisar as produções como um todo, o styling apresentado, aquele detalhe especial, aquela mistura inusitada, aquele modo diferente de usar que fará toda a diferença no visual. É o que eu sempre digo “não é ‘o que’ você usa e sim ‘como’ você usa, que faz a diferença”.
A essa altura, e esta sendo a última coluna do mês de setembro, talvez você esteja se perguntando o que vem pela frente no mundo da moda. Apesar de estar fechando essa coluna durante o andamento da Paris Fashion Week, pincelei três tendencias prometidas pelas marcas e que eu, particularmente, achei cheia de potencial:
Cintos: um acessório que ganhou os holofotes, aparecendo tanto como um elemento para marcar a cintura quanto um toque fashion para elevar as produções.
Diga não as alças: direto dos anos 90, o tomara que caia apareceu em vestidos e blusas com diversos formatos de decote. Um estilo feminino e sensual equilibrado.
Jeans: já circula nos corredores da moda a palavra “jeans-taque” (jeans + destaque) dando a ideia de quanto o jeans se fez presente nas passarelas. Podemos aguardar jeans dos pés à cabeça. Que tal? Você gosta dessas apostas?
