OPINIÃO

Crianças e a resiliência

Por Leila Paes | 09/09/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Pastora e psicóloga

Um dos presentes que nós, como adultos, podemos e devemos dar para as nossas crianças é a formação de resiliência. Encontro no dicionário que a resiliência é definida como “elasticidade que faz com que certos corpos deformados voltem à sua forma original”, ou “capacidade de rápida adaptação ou recuperação”.  Aparentemente, nossas crianças podem crescer um pouco nessa condição, a de voltar à sua essência quando os golpes da vida acontecem. Na verdade, estamos todos precisando nos lembrar que isso existe: nós podemos voltar para a nossa essência, para quem nós somos, e não carregar para sempre o que a vida nos lança.

Como adultos, e como pais, precisamos assegurar para as crianças que as circunstâncias não determinam quem somos. Elas são duras, difíceis, muitas vezes injustas, mas elas não são a nossa identidade. Como as crianças aprenderão que, mesmo que tiverem muitos problemas, ainda assim podem ser plenas e felizes? Se nós, os adultos, mostrarmos para elas que é para isso que fomos feitos. Nós temos em nós, a capacidade de superação que a resiliência nos confere. Essa capacidade de adaptação ou recuperação, é uma condição que todo ser humano carrega. Constato que a fomos perdendo de certo modo, e hoje nós somos mais modificados, e menos adaptados do que gostaríamos. Por exemplo, ao perder um emprego, hoje em dia, temos a tendência de nos colocar em uma posição de temor, ao invés de nos colocarmos em posição de que poderemos bater em todas as portas, até que outra se abra. Tenho a impressão de que as pessoas têm uma tendência maior para a tristeza e desistência do que antes. É essa a sua leitura também?

Quando uma criança sofre uma dor, nós, os adultos, temos a chance de ajuda-la a ver todas as possibilidades de adaptação e recuperação que ela tem, ajudando-a a ser resiliente, e cada vez menos entregue aos problemas. Podemos intencionalmente ajudar os nossos filhos a acreditar na sua essência, e acreditar que ela não se dissolve por causa do que nos aconteceu ou do que fizeram conosco. Fazemos isso tanto pela nossa fala quando pela nossa própria vivência, nós mesmos acreditando que fomos feitos para superar, e assim levando as nossas crianças a crerem assim também, e a viverem isso. As Escrituras Sagradas nos falam sobre isso: “Alguns povos confiam em carros de guerra, outros, em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor, nosso Deus. Tais nações perdem as forças e caem, mas nós nos levantamos e permanecemos firmes” (Salmos 20:7,8). Muito bom poder conferir esses recursos para a próxima geração!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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