ARTIGO

As crianças e o espaço: porque olhar para o céu é importante

Por Cláudia Medeiros | 30/04/2023 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos

Quando nasce uma criança, nasce também um pequeno explorador. Já dentro do pequeno espaço do berço e de casa, seus sentidos vão sendo aprimorados pela pequena experimentação da interação com o meio.

Durante o seu desenvolvimento, esse universo vai se expandido para o ambiente ao qual ele vai sendo exposto, a escola, parques, locais de convivência em comum com outras crianças e, uma vez estimulado, essa exploração vai enriquecendo a sua mente.

Nos primórdios da humanidade, quando não havia tantos prédios e estímulos tecnológicos, olhar para o céu era inevitável. A mente do ser humano o levou a catalogar milhares de estrelas entre outros objetos no espaço, inclusive dando nomes e aspectos que superam o imaginário. E isso aconteceu em qualquer civilização de forma natural e espontânea.

Não precisamos voltar no tempo para entender como foi benéfico para a humanidade todo esse progresso. A evolução da busca por entender os fenômenos no céu a ponto de torná-lo hoje um local a ser almejado pela humanidade importa inclusive, para a nossa sobrevivência.

Quando estimulamos uma criança a olhar para o céu, estamos dando para ela possibilidades. A compreensão da nossa dimensão, a beleza dos fenômenos naturais, a possibilidade de construção de um mundo melhor para si mesmo e para o próximo. Tudo isso está presente no Sol e em outras estrelas, nos planetas, nos satélites e na forma de elaborar tudo isso e compartilhar com seus semelhantes aqui na Terra.

Tive a oportunidade nesses últimos tempos de conhecer alguns projetos para crianças e adolescentes que gostam e tem se destacado por criar suas próprias formas de olhar para o céu.

A Nicole (Nicolinha e Kids), o João Vitor GG, as crianças contempladas no projeto Sócios-mirins do AEITA (Associação dos Engenheiros do Instituto Tecnológico Aeroespacial), o projeto Meninas no espaço do Rio Grande do Norte, o projeto Decolar aqui de São José dos Campos, entre outros. Tudo isso vem em auxílio para que cada vez mais possamos contribuir para que a exploração do espaço permaneça ativa na vida dos nossos pequenos seres humanos. E tem muito mais por aí.

Aqui em São José dos Campos, por exemplo, existem diversos locais como o Museu Interativo de Ciências da prefeitura, o Museu Aeroespacial Brasileiro, o Mini observatório do DCTA e da UNIVAP, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o projeto ‘Ciência no Parque’ do Vicentina Aranha, todos esses e muito mais estão disponíveis gratuitamente para o público através de visitas e agendamentos através dos sites.

Precisamos preparar nossas crianças para o futuro e o futuro está no espaço e na nossa relação com ele. Sugiro que procure próximo a você e na sua comunidade uma forma de contribuir para que nossa sociedade contemple o espaço como forma de integração com a essência humana. Inclusive, não somente do ponto de vista científico, mas para inspirar as artes e o que mais advir da experiência sensorial de olhar para o céu.

E sempre que possível, procure olhar para o céu você também. Reúna a família e conte nuvens, estrelas, observa os fenômenos naturais, olhe para o horizonte de eventos que está te acompanhando todo dia. Desperte o explorador adormecido dentro de você.

Nas próximas semanas farei uma série nessa coluna sobre as missões para a Lua, do passado, presente e futuro. Continue acompanhando nosso conteúdo.

Quer saber mais sobre o assunto acima? Visite o canal MaisQueRaios no Youtube e @maisqueraios no Instagram.

Um agradecimento especial ao jornal OVALE por nos apoiar para que esse conteúdo chegue a mais pessoas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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1 COMENTÁRIOS

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  • Celina Barbara de Miranda
    30/04/2023
    Que coisa boa esse artigo sobre incentivar as crianças a observar o espaço, as estrelas e ter um olhar voltado para a contemplaçao do espaço em que vivemos. Que bom que aqui em Sao jose dos Campos, Como diz; a Dra. Cláudia tem tambem museu interativos e lugares onde se pode aprender e se descobrir como sêr. Obrigada