FRAN GALVÃO

Guarda-roupa por intenção de uso

Por Fran Galvão | Consultora de imagem e estilo
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Guarda-roupa por intenção de uso
Guarda-roupa por intenção de uso

Eu sempre falo sobre a intencionalidade do vestir. Pensando em nossa imagem e estilo pessoal é preciso considerar nossas roupas, sapatos, acessórios e afins como elementos comunicacionais onde cada um deles tem um papel e uma intenção na nossa comunicação não verbal.

Costumo dizer que se você não é intencional, você se torna convencional. E sendo cada uma de nós “mil e uma mulheres em uma”, não faz sentido sermos convencionais – sabemos que em cada ocasião demanda comunicar uma mensagem diferente, uma impressão de impacto à cada perfil.

É muito comum como Consultora de Imagem ter contato com diversos guarda-roupas onde sempre encontro uma divisão entre peças para momentos profissionais e peças para momentos pessoais. Posso inclusive apostar, que muitas de vocês leitoras separam o guarda-roupa entre peças para trabalhar e peças para passear, e quando vão sair acham que só tem roupa para trabalhar ou ao se arrumar todas as manhãs para trabalhar acham que só tem roupa desadequada para tal.

 Se você se identificou – mesmo que em diferentes graus - a qualquer uma dessas situações é porque muito provavelmente, assim como a grande maioria, divide seu guarda-roupa por intenção de uso, deixando de lado a oportunidade de conectar as peças entre si.

Se por um lado ter uma divisão pode fazer com que uma peça dure mais, já que a usará apenas para um único fim, por outro lado, perderá inúmeras oportunidades, pelo simples fato de que misturando suas peças, ampliam-se as possibilidades de uso, o que multiplica seu guarda-roupa e cria looks muito mais interessantes e com maior personalidade.

Um outro benefício dessa quebra de divisão é aumentar o custo x benefício das peças em relação à compra, afinal ela será muito mais aproveitada.

Claro que é preciso cuidado e adequação, principalmente, quando aquela peça “para sair” for passear no escritório. Realmente, existem peças que não transitarão à vontade por todo o nosso dia a dia. Para se ter um guarda-roupa inteligente é preciso ter essa ciência, entender a sua necessidade de dress code profissional (aliá,s atenção, mesmo quando não é declarado, existe sim um dress code esperado!) e analisar a comunicação não-verbal de suas peças para poder “brincar” com elas.

Em outras palavras, conectar peças de diversas intenções gera economia financeira e um estilo muito mais interessante. Por exemplo, aquela sua saia lápis preta, poderosa, clássica, que você costuma usar no escritório pode seguir com você também para o final de semana, com tênis e t-shirt para o dia e com salto e um belo body à noite.

Aquele blazer bem cortado, elegante que você coloca quando precisa se sentir mais confiante para aprovar um orçamento na empresa, e com a chegada do fim de semana ele segue com calça jeans drestroyed e tênis. Ou a clássica camisa branca que pode sair da frente do computador no dia a dia e seguir para a frente da praia sobrepondo seu biquini.

Comentários

Comentários