OPINIÃO

Explorando o futuro da dermatologia na reunião anual da AAD 2023

Por Leopoldo Duailibe | 21/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min

A reunião anual da AAD (Academia Americana de Dermatologia) está entre as maiores e mais importantes encontros de profissionais da área de dermatologia do mundo. A cada ano, a comunidade se reúne para uma experiência de aprendizado abrangente, oferecendo sessões científicas que incluem simpósios, fóruns e workshops interativos.

Sediado em Nova Orleans, na Louisiana, de 17 a 21 de março, no Centro de Convenções Ernest N. Morial, o evento tem recebido médicos de todo o mundo com oportunidade para dividirem seus conhecimentos, melhores práticas e percepções no campo da dermatologia. No meu caso, no âmbito da saúde capilar.

Como participante de longa data da AAD, neste ano fui convidado pela Academia para palestrar e compartilhar com outros profissionais sobre avanço da pesquisa e fornecimento de soluções que atendam às necessidades dos pacientes com alopecia androgenética, a famosa calvície.

Um dos assuntos mais debatidos no congresso são como os procedimentos capilares têm evoluído e como a tecnologia contribuí no controle e redução da queda dos cabelos e na restauração e melhora da estrutura da haste capilar, como é o caso da Mesoterapia.

Outra novidade discutida no Fórum AAD 2023 foi sobre os Inibidores de JAK (Janus Associated Kinases), como nova possibilidade terapêutica para a alopecia areata e que mudou o paradigma no tratamento dessa doença.

A alopecia areata é uma condição autoimune caracterizada pela rápida perda de cabelo no couro cabeludo, sobrancelhas e cílios, para a qual os tratamentos são limitados. O medicamento baricitinibe, um inibidor oral, seletivo e reversível das Janus quinases 1 e 2, pode interromper a sinalização de citocinas implicadas na patogênese da alopecia areata.

Conscientização e empatia são as palavras de ordem durante AAD 2023 que termina nesta terça-feira, 21. A todo momento, os profissionais falam sobre a importância de que a população fique atenta aos sinais e sintomas da alopecia areata e como as pessoas podem acolher quem sofre dessa condição.

Estima-se que ela acomete cerca de 1% da população. Muitas vezes, o paciente não conhece a alopecia areata. Em consequência, ele acaba deixando as manifestações evoluírem, recorrendo tardiamente ao dermatologista, já com uma forma extensa da doença e com a autoestima baixa.

Um estudo da International Society of Hair Restoration mostrou que o cabelo foi apontado como o atributo físico que mais afeta a autoestima. A pesquisa aponta que 77% das pessoas se preocupam com a queda de cabelo.

A autoestima é um fator de extrema importância para homens e mulheres, podendo afetar inclusive o bem-estar emocional.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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