19 de dezembro de 2025
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Mulher é atacada por capivara e acende alerta para os riscos

Por Da Redação |
| Tempo de leitura: 2 min
Foto: Freepik
A população de capivaras urbanas restrita ao Parque da Rua do Porto, em Piracicaba (SP), aumentou de 12 para 30 indivíduos nos últimos quatro anos

O registro de um ataque contra uma banhista em Florianópolis (SC) acende o alerta para o perigo da proximidade entre humanos e capivaras, principalmente para Piracicaba, onde há uma grande concentração dos animais em algumas regiões da cidade. Especialistas advertem que o comportamento defensivo do animal e a possibilidade de transmissão de zoonoses tornam o contato direto uma ameaça à saúde pública.

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No dia 8 de dezembro, na Praia da Lagoinha do Leste, uma mulher de 32 anos foi ferida por uma capivara enquanto nadava. O animal desferiu mordidas no abdômen, braço e nádegas, o que exigiu resgate aéreo e procedimento cirúrgico para reconstrução de tecidos. O incidente demonstra que a percepção de docilidade desses roedores não condiz com sua reação em situações de estresse ou defesa de território.

Vale lembrar que segundo dados da Prefeitura de Piracicaba, a população de capivaras urbanas restrita ao Parque da Rua do Porto, em Piracicaba (SP), aumentou de 12 para 30 indivíduos nos últimos quatro anos.


A agressividade das capivaras costuma ser uma resposta ao sentimento de ameaça, especialmente durante a proteção de filhotes ou quando o animal se sente acuado em seu habitat. Por possuírem dentes incisivos grandes e fortes, as mordidas podem causar lacerações profundas e atingir estruturas vitais. No caso ocorrido em Santa Catarina, a vítima quase teve o intestino perfurado pelo impacto e pela pressão da mandíbula do roedor.



Perigos biológicos e sanitários

Além do risco de ferimentos físicos, a presença de capivaras em locais de circulação humana representa um desafio epidemiológico. Estes animais são hospedeiros frequentes do carrapato-estrela, principal transmissor da febre maculosa. A contaminação ocorre quando o carrapato infectado migra para o corpo humano em áreas de vegetação ou proximidade com os roedores.

Outras zoonoses também estão associadas à espécie, como a raiva, transmitida pela saliva em caso de mordidas, e a leptospirose, propagada pelo contato com a urina do animal em solo ou água.

Medidas de prevenção e segurança

Órgãos de vigilância ambiental e veterinários recomendam a observação apenas à distância. A orientação é não oferecer alimentos, não tentar acariciar e não buscar a domesticação desses animais, mesmo em pontos turísticos ou parques urbanos.

Em áreas habitadas por capivaras, o uso de roupas claras é indicado para facilitar a visualização de carrapatos, além da aplicação de repelentes. A prevenção é a estratégia principal para evitar tanto o ataque físico quanto a exposição a patógenos graves decorrentes do convívio com a fauna silvestre.