Violência

Produtividade policial cai 33% no combate ao tráfico nas cidades que lideram em crimes violentos

Por Xandu Alves |
| Tempo de leitura: 2 min
Polícia Militar
Polícia Militar

Apontado como um dos principais motivadores dos crimes violentos, o tráfico de drogas enfrentou menos resistência das forças públicas de segurança neste ano em cidades que lideram o ranking da violência no Vale do Paraíba.

De acordo com dados oficiais da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), o percentual de recuo da produtividade policial chega a 33% nas ocorrências de tráfico de entorpecentes na média dos cinco municípios mais problemáticos da região.

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Essas cidades – São José dos Campos, Pindamonhangaba, Taubaté, Cruzeiro e Caraguatatuba – lideram em número de vítimas de homicídio na região em 2022, no período de janeiro a julho.

Três dos principais indicadores de produtividade policial da SSP – tráfico de entorpecentes, armas de fogo apreendidas e prisões efetuadas – tiveram queda na média dessas cinco cidades neste ano na comparação com 2021, nos sete primeiros meses.

As ocorrências de tráfico de entorpecentes caíram 33% (451 contra 673), as armas de fogo apreendidas reduziram 15% (200 a 236) e o número de prisões efetuadas recuou 3% (2.017 a 2071).

Isoladamente, as cidades têm indicadores ainda piores.

Com 28 vítimas de homicídio em 2022, São José dos Campos registra queda de 45% nas ocorrências de tráfico de entorpecentes (147 a 267) e diminuição de 22,8% na apreensão de armas (64 contra 83).

Pindamonhangaba reduziu as ocorrências de tráfico em 32,8% (51 a 76) e a apreensão de armas em 37% (17 a 27). A cidade tem 24 vítimas de homicídio em 2022.

O total de armas de fogo apreendidas caiu 55% em Lorena, cidade que é a sexta mais violenta do Vale com 20 mortes por homicídio em sete meses de 2022.

Em Taubaté, o combate ao tráfico teve queda de 27,8%, com 127 ocorrências contra 176. A apreensão de armas subiu 11,6%, de 60 para 67.

No geral, a RMVale teve menos ocorrências de tráfico de entorpecentes neste ano comparado ao ano passado: 1.237 contra 1.531, redução de 19%. Mas aumentou nos outros dois indicadores. A apreensão de armas subiu 3,7% (532 a 513) e as prisões efetuadas cresceu 3,9% (4.364 a 4.200).

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