No acidente com um balão de turismo em Praia Grande (SC), na manhã deste sábado (21), 4 das 8 vítimas pularam do balão já em chamas, e de uma altura mais elevada. As outras quatro não saíram do cesto e morreram carbonizadas, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
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Outras 13 pessoas, incluindo o piloto, conseguiram pular antes do fogo tomar conta do balão e despencar no chão. Todas tiveram ferimentos leves.
Entre os sobreviventes, apenas cinco pessoas precisaram ser levadas para hospitais e receberam alta médica ainda durante a tarde deste sábado, de acordo com o Hospital Nossa Senhora de Fátima.
As autoridades responsáveis pelo resgate e pela investigação não estimaram ainda a altura do balão no momento da queda.
Quando as primeiras equipes dos bombeiros chegaram ao local que concentrava os destroços do balão --uma área de vegetação a cerca de 9 quilômetros do centro da cidade--, encontraram quatro corpos carbonizados dentro do cesto. Outros quatro corpos, de pessoas que pularam do balão já em chamas, foram encontrados próximos do local.
"Ao ser identificado o fogo no cesto, o piloto tentou descer e pousar com o balão. Ao fazer essa manobra, algumas pessoas, 13, inclusive ele, acabaram pulando do balão, e oito pessoas não saíram do balão", disse o tenente-coronel Zevir Cipriano Junior, do Corpo de Bombeiros Militar.
"Com a saída das 13 pessoas, o balão acabou ficando mais leve, e, já com o fogo em sua base, o balão foi subindo novamente [e o fogo se intensificando]. Aí quatro pessoas pularam do balão neste momento [já de uma altura mais elevada]", disse Cipriano Junior. Poucos instantes depois, o balão começou a se destruído pelo fogo e despencou no chão.
As causas do início do fogo ainda estão sendo investigadas. No primeiro relato que fez à Polícia Civil, o piloto afirmou que teria ocorrido uma falha no maçarico que estava dentro do cesto.
A empresa Sobrevoar, responsável pela operação do balão, afirmou em nota que o "piloto tinha experiência e adotou procedimentos indicados".
Também disse que cumpre com "todas as normas estabelecidas pela Anac, destacando que não tínhamos registros de acidentes anteriores".
Segundo a empresa, o acidente ocorreu "mesmo com todas as precauções necessárias e com o esforço de nosso piloto, que possui ampla experiência e adotou todos os procedimentos indicados, tentando salvar todos os que estavam a bordo do balão".
O Ministério Público de Santa Catarina divulgou uma nota informando que vai acompanhar os desdobramentos do caso no âmbito criminal e cível.
"Neste momento de dor, o MP se solidariza com os familiares e amigos das vítimas, e informa que a Promotoria de Justiça de plantão está acompanhando a situação e que serão apuradas as responsabilidades relacionadas ao caso", diz nota assinada pela procuradora-geral de Justiça, Vanessa Wendhausen Cavallazzi.