
O Irã solicitou a países do Golfo Pérsico, como Qatar, Omã e Arábia Saudita, que pressionem os Estados Unidos a intervir no conflito com Israel e atuem pela instauração de um cessar-fogo imediato. A proposta, segundo fontes regionais ouvidas pela agência Reuters, prevê que Teerã aceite retomar as negociações sobre seu programa nuclear caso os ataques israelenses sejam interrompidos.
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A movimentação diplomática ocorre em meio à intensificação dos confrontos entre Irã e Israel desde os bombardeios surpresa das Forças de Defesa de Israel contra instalações nucleares e militares iranianas. Washington tem sido pressionado pelos aliados árabes a conter a escalada do conflito, que ameaça a estabilidade da região e os mercados globais de energia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (16) que Teerã deve buscar o diálogo “antes que seja tarde demais”. Ele indicou que o Irã está disposto a discutir a redução das hostilidades e ressaltou que o país “não está vencendo essa guerra”.
Segundo diplomatas da região, Omã está redigindo uma proposta de cessar-fogo que incluiria a suspensão temporária do enriquecimento de urânio por parte do Irã, sob inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em troca do reconhecimento dos direitos nucleares pacíficos iranianos e o fim de sanções.
Ainda de acordo com autoridades iranianas, o país não pretende negociar enquanto for alvo de ataques. Israel, por sua vez, sinalizou que pode continuar com a ofensiva por mais duas ou três semanas, dependendo das decisões políticas internas. Um oficial israelense afirmou que o objetivo da campanha é danificar suficientemente o programa nuclear iraniano a ponto de forçar um novo acordo diplomático.
O impasse permanece, com lideranças europeias e árabes pedindo a retomada do diálogo. Embora o Irã tenha demonstrado disposição para negociar, exige garantias de que os EUA não participarão de ações militares diretas contra seu território.
*Com informações do Times of Israel e Reuters