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Mãe vira cúmplice no caso da família envenenada no Piauí

Por | da Redação
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Reprodução de vídeo/Fantástico
Maria foi presa na sexta-feira (31) e admitiu que envenenou Jocilene para que a morte fosse tratada como suicídio.
Maria foi presa na sexta-feira (31) e admitiu que envenenou Jocilene para que a morte fosse tratada como suicídio.

Maria dos Aflitos, matriarca da família envenenada no Piauí, confessou ter matado a vizinha Maria Jocilene da Silva com café envenenado. Segundo a investigação, ela tentou incriminá-la pelas mortes de seus dois filhos e cinco netos, vítimas de um almoço com arroz contaminado por pesticida no primeiro dia do ano.

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Morre a sexta vítima de arroz envenenado no PI

O caso ganhou uma nova reviravolta na última semana. Maria foi presa na sexta-feira (31) e admitiu que envenenou Jocilene para que a morte fosse tratada como suicídio, desviando a culpa do marido, Francisco de Assis Pereira da Costa, preso no dia 8 de janeiro pelo assassinato da família.

Ao programa Fantástico, da rede Globo, o delegado Abimal Silva, informou que Maria queria que Jocilene fosse responsabilizada pelos crimes para que Francisco fosse solto.

Jocilene era vizinha e acompanhou os netos de Maria no hospital quando foram internados por envenenamento. A polícia investiga também possível envolvimento amoroso entre as duas.

O envenenamento da família

A polícia aponta que a motivação dos crimes foi econômica. Segundo apuração do Fantástico, o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que o casal queria "se livrar dos filhos" devido à situação de extrema pobreza.

O primeiro caso ocorreu em agosto de 2024, quando dois netos de Maria foram internados com sintomas de envenenamento. Na época, Francisco acusou uma vizinha de entregar cajus envenenados às crianças. Lucélia Maria da Conceição Silva chegou a ser presa por cinco meses e teve a casa incendiada por moradores.

Já no primeiro dia de 2025, a família de Maria se reuniu para um almoço com sobras de um baião de dois preparado no Réveillon. Nove pessoas comeram o arroz contaminado; cinco morreram.

As vítimas foram:

Francisca Maria da Silva, 32 anos (filha)
Manoel Leandro da Silva, 18 anos (filho)
Maria Gabriela da Silva, 4 anos (neta)
Maria Lauane da Silva, 3 anos (neta)
Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses (neto)

A polícia continua investigando o caso e busca esclarecer todos os envolvidos.

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