INFRAESTRUTURA

Hidrovia e rede ferroviária terão investimentos de dois estados

Governadores de São Paulo e Mato Grosso do Sul discutem reativação da Malha Oeste e investimentos no Tietê

02/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Marcelo S. Camargo/Governo de SP

Governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul
Governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul

Os governos dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul estão alinhando esforços para investimentos coordenados na ferrovia que corta a região de Araçatuba e na Hidrovia Tietê-Paraná. A parceria foi tema de discussão entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), durante um encontro no último dia 28, realizado no Palácio Bandeirantes, sede do Poder Executivo paulista.

Durante a visita oficial, os governadores formalizaram um documento para a reativação da ferrovia Malha Oeste e a expansão da hidrovia Tietê-Paraná. Ambas as vias representam importantes eixos de transporte que impulsionam a infraestrutura econômica dos dois estados. Vale ressaltar que a divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo é a segunda maior em extensão quando comparada com as outras divisas do estado.

No que diz respeito à hidrovia Tietê-Paraná, foi discutido o progresso das obras em Avanhandava. Essas obras permitirão a navegação na hidrovia a partir de Mato Grosso do Sul também. O governador Tarcísio de Freitas informou que o trabalho está em andamento, com previsão de conclusão para 2026.

O encontro também resultou em investimentos para o trecho sul-mato-grossense da Malha Oeste, onde a linha férrea será de bitola larga, e uma avaliação do trecho paulista, que apesar de ter um menor volume de embarques, pode ser adequado para trens intermunicipais.

Recentemente, a Folha da Região noticiou que a ferrovia que cruza a região de Araçatuba pode ser dividida em duas partes. Esta divisão visa facilitar a transferência da administração para a iniciativa privada ou para os governos estaduais. São Paulo ficaria responsável pelo trecho entre Mairinque (na região de Bauru) e Castilho, enquanto Mato Grosso do Sul assumiria o trecho de Três Lagoas a Dourados. No total, são quase dois mil quilômetros de extensão.

Esta é uma das soluções em estudo atualmente pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Outra possibilidade é manter todo o trecho sob uma única operação, que poderia ser viabilizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Esta PPP poderia inclusive utilizar recursos que a Rumo, atual concessionária que não tem mais interesse no trecho, tem a pagar, através de uma compensação entre seus ativos e passivos nesta concessão e em outras.

A Malha Oeste, que enfrentava uma operação precária desde o início do processo de concessão nos anos 1990, foi praticamente paralisada pela Rumo nos últimos anos. Em 2021, a empresa obteve a aprovação para devolver o trecho em um acordo amigável, e o governo autorizou estudos para a relicitação por parte da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

com Campo Grande News

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