Depois de uma temporada de sucesso em São Paulo, o espetáculo infantil ZEBRA SEM NOME chega a Jundiaí no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para se apresentar na Sala Glória Rocha, no Centro das Artes Prefeito Pedro Fávaro. A montagem aborda de forma lúdica e musical temas como representatividade, identidade e empoderamento negro. O espetáculo, com entrada gratuita e acessível em libras, começa às 15h.
Com concepção e direção geral de Marina Esteves, ZEBRA SEM NOME é um convite ao imaginário infantil, ancorado na linguagem das histórias em quadrinhos para compor uma dramaturgia poética e imagética assinada pela premiada escritora Maria Shu. O espetáculo foi indicado ao prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, como Melhor Espetáculo Infantojuvenil e venceu na categoria de Melhor Desenho de Luz.
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No palco, a dupla de atores Joy Catharina e Robert Gomez dá vida à protagonista Zebra, uma personagem que parte da savana em busca de um nome e, nessa jornada de autoconhecimento, encontra figuras inspiradoras da história brasileira como Glória Maria, Lélia Gonzalez e a Palhaça Xamego, a primeira palhaça negra do Brasil.
Para a diretora Marina Esteves, a jornada da Zebra em busca de um nome é, na verdade, um convite para que as crianças se reconheçam, questionem e celebrem quem são. “Ao trazer referências como Glória Maria, Lélia Gonzalez e outras figuras negras fundamentais da nossa história, buscamos ampliar o repertório simbólico das infâncias, oferecendo caminhos de pertencimento e identificação”, pontua ela, que complementa: “Levar esse espetáculo a cidades do Estado de São Paulo é uma forma de democratizar o acesso a narrativas negras e contribuir para o surgimento de novos coletivos e dramaturgias que representem a diversidade da nossa sociedade”.
Sonoridade afro-brasileira e visual poético
A trilha sonora original é executada ao vivo e conta com uma formação inusitada: guitarra, trompete e pick-ups. Com influências afro-diaspóricas, a música reforça o caráter épico e afetivo da montagem, como na canção de abertura 'Não há mais nada para aprender aqui', que cita versos da música Raízes, de José Geraldo Rocha.
A cenografia e o figurino seguem uma estética afrominimalista, com predominância das cores branco, vermelho e preto. Criados por Felipa Damasco e Lívia Loureiro, os elementos visuais foram desenvolvidos de forma colaborativa com a equipe, acompanhando as microtrajetórias da Zebra por diferentes espaços, como um circo, um supermercado e uma lona circular de seis metros de diâmetro onde se desenrola a narrativa. O espetáculo também incorpora vídeo mapping, ampliando a dimensão visual da cena.
Serviço:
ZEBRA SEM NOME
20 de novembro, quinta-feira, 15h.
Centro das Artes Prefeito Pedro Fávaro [Sala Glória Rocha] – Rua Barão de Jundiaí, 1093 – Centro, Jundiaí.
Sessão acessível em libras
Ingressos gratuitos (retirada na bilheteria a partir de 17 de novembro, de terça a quarta-feira, das 9h às 18h e no dia da apresentação a partir das 13h).