Um grupo de manifestantes entrou, na manhã desta quinta-feira (3), no saguão de um edifício do Banco Itaú, localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, zona oeste da capital paulista. O ato foi organizado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo.
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Durante a mobilização, os participantes entoaram músicas e exibiram bandeiras com mensagens ligadas à pauta do protesto, que teve como foco a defesa de uma reforma tributária e a taxação de grandes fortunas. O grupo deixou o local por volta das 11h15.
O banco Itaú informou que não irá se pronunciar sobre a manifestação.
Tanto o MTST quanto a Frente Povo Sem Medo são movimentos sociais com atuação política nacional. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), associado às organizações, publicou em suas redes sociais que a manifestação tinha como objetivo reforçar a demanda por mudanças no sistema tributário. Segundo ele, "o Brasil precisa de justiça tributária".
O ato gerou reações nas redes sociais, especialmente entre parlamentares e apoiadores da oposição ao governo federal. Alguns usuários compararam a entrada no prédio privado aos episódios ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Entre as manifestações públicas, o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, criticou o protesto e atribuiu à esquerda a responsabilidade por distúrbios e instabilidade política.
A mobilização ocorreu em meio a discussões entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional sobre medidas de arrecadação. Na semana anterior, parlamentares derrubaram um decreto presidencial que aumentava a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida anunciada no fim de maio como parte da estratégia para cumprimento das metas fiscais. No dia 1º de julho, a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão legislativa.