OPINIÃO

Negócios que ignoram a história acabam esquecidos por ela


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Tudo o que estamos vivendo já aconteceu antes — mas com roupas diferentes.
O progresso muda as ferramentas, mas os ciclos se repetem.
E quando olho para os negócios de hoje, vejo uma geração inteira construindo sem memória.
Esquecendo que toda revolução começa com visão, não com fórmula.

Basta olhar para trás:
Da Grécia Antiga ao Vale do Silício, os protagonistas do mundo foram aqueles que entenderam uma coisa simples — ideias profundas têm mais poder que sistemas rápidos.
Leonardo da Vinci era engenheiro, pintor, inventor, estrategista. Ele usava arte e ciência como aliados, não como opostos.
Nietzsche, que nunca fundou uma empresa, entendia mais de posicionamento que muito CMO de hoje.
Jobs citava Picasso, não só planilhas. E Churchill dizia que “o império do futuro é o império das mentes”.

Mas hoje, a maioria dos negócios ignora isso.
Trocaram a sabedoria por tutorial. A visão por modelo de funil.
E o resultado? Uma avalanche de marcas que não dizem nada, não representam nada, não ficam na memória de ninguém.

A história está gritando:
Profundidade é um diferencial competitivo.
E mais do que isso — é o que separa os negócios que sobrevivem dos que deixam um legado.

Sabe o que os grandes pensadores faziam?
Eles escreviam como se a verdade ainda importasse.
Eles criavam como se a estética fosse sagrada.
Eles pensavam em décadas, não em trimestres.

É isso que falta hoje.
Negócios que resgatem princípios atemporais:
Coragem. Clareza. Beleza. Conflito. Narrativa.
Negócios que não tenham medo de ser poéticos antes de serem lucrativos.
Porque no final, a empresa que toca é a que faz pensar. A que emociona. A que parece ter sido feita por alguém que viveu — e não apenas por alguém que estudou mercado.

A pergunta que eu deixo é:
Qual foi a última vez que seu negócio teve uma ideia que sobreviveria ao tempo?

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