
Jundiaí ainda não iniciou tratativas institucionais para aderir ao Programa Muralha Paulista, lançado pelo Governo do Estado de São Paulo em setembro de 2024 para dificultar o deslocamento de criminosos no território paulista. O município aguarda o envio oficial das diretrizes e condições técnicas para avaliar a participação na iniciativa.
Assim que os detalhes técnicos e operacionais do programa sejam oficialmente encaminhados e analisados, a Prefeitura poderá se manifestar sobre os prazos previstos para a implementação das câmeras de monitoramento, do Centro Integrado de Emergência e Segurança, e sobre as formas de integração entre as forças de segurança municipais e estaduais.
Enquanto a adesão não é formalizada, Jundiaí já opera um sistema de vigilância urbana, com centenas de câmeras integradas ao Centro de Operações Táticas (COT), que funciona 24 horas por dia. Nos primeiros quatro meses deste ano, cerca de 144 milhões de veículos foram monitorados, com média diária de 1,2 milhão de registros.
O Programa Muralha Paulista é considerado uma iniciativa inédita no país, instituída pelo Decreto nº 68.828, e destina-se a elevar o custo do crime durante os deslocamentos dos criminosos no território paulista com o aumento da probabilidade de prisão. A proposta tem como base conceitos modernos de segurança pública ainda pouco explorados no cenário acadêmico brasileiro.
Além do sistema de vigilância, Jundiaí mantém parcerias com a Polícia Militar e a Polícia Civil para ações conjuntas de prevenção e resposta rápida. A Prefeitura de Jundiaí afirma que tem proteção de dados pessoais em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e destaca que todas as ações de monitoramento são realizadas com transparência e responsabilidade.