SAÚDE

Parlamentares propõem que o Hospital Regional só atenda RMJ

Por Marília Porcari |
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Divulgação
Apesar de construir hospital, Várzea deve seguir encaminhando casos complexos a Jundiaí
Apesar de construir hospital, Várzea deve seguir encaminhando casos complexos a Jundiaí

A discussão sobre saúde regional está em pauta entre os presidentes das Câmaras Municipais da RMJ (Região Metropolitana de Jundiaí). Em reunião, eles concordaram com a sugestão de que o Estado de São Paulo construa novos hospitais regionais no interior para desafogar o Hospital Regional de Jundiaí, que atende 42 cidades e não está focado somente nos sete municípios que compõem a RMJ.  Mesmo com boas iniciativas, como Várzea Paulista, que constroi seu novo hospital municipal, a Região segue dependendo da complexidade e atendimento do Hospital São Vicente de Paulo, de Jundiaí.

O presidente da Câmara de Jundiaí, Edicarlos Vieira (União), afirmou que a repactuação regional é importante e que o Estado tem de aumentar sua participação no atendimento aos moradores da RMJ. “Discutimos essa questão em nossos encontros parlamentares e vamos levar ao Estado nossa sugestão. É preciso que o Hospital Regional de Jundiaí atenda somente os municípios da RMJ, ajudando a desafogar o Hospital São Vicente e oferecendo maior apoio aos municípios menores.”

Para o presidente da Comissão de Saúde, Assistência Social e Previdência da Câmara,  vereador Kachan Júnior (Republicanos), que também é cirurgião dentista e coordena a equipe de cirurgia e traumatologia e bucomaxilofacial do hospital, a saúde na região precisa ser reforçada. “Já passou da hora de Jundiaí ter um outro hospital, que seja municipal. Vai ajudar as demandas do Hospital São Vicente, que hoje tem  240 leitos e, por atender toda a região, está sempre lotado. Então, com esse novo hospital, a gente consegue desafogar a demanda do Hospital São Vicente”, avalia.

A preocupação com os recursos na saúde, de acordo com a vereadora Carla Basílio (PSD), que participa da Comissão de Saúde, Assistência Social e Previdência da Câmara, deve ser frequente e regionalizada. “Precisamos de  transparência do dinheiro público e a melhoria nos atendimentos para a população, como mais agilidade nas consultas, exames, mais especialistas e adiantar as filas das cirurgias. Também sempre digo que os prefeitos da região devem priorizar a saúde”, afirma.

Regionalmente, o Hospital São Vicente é referência de atendimento para todos os municípios e, em 2024, realizou 604.589 atendimentos, entre internações e atendimento no Hospital, Prontos Atendimentos e Ambulatórios. Deste total, a média mensal de pacientes de Jundiaí é de 88,09%. Na menor fatia do total de atendimentos no São Vicente estão pacientes vindos de Várzea Paulista, que representa 4,79%. Campo Limpo Paulista está em segundo lugar, com 1,79%, Itupeva vem na sequência com 1,02%.

Esta proporção, de acordo com a Prefeitura de Várzea Paulista, se aproxima do tamanho populacional das cidades que compõem a Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ). “Juntos, esses municípios possuem uma população estimada de 878.678 habitantes (Censo 2022). Jundiaí é o principal centro urbano, concentrando cerca de 50% da população regional (443.221 habitantes), seguido por Várzea Paulista, com aproximadamente 120 mil habitantes (13%)”, informa em nota, destacando que o HSVP é referência nos atendimento de urgência e emergência de toda a região.

Novo Hospital em Várzea

Várzea Paulista está construindo um novo hospital, que contará com andares dedicados ao atendimento de emergências médicas, centro de diagnóstico por imagens, centro cirúrgico, UTI e maternidade. Quando estiver em funcionamento, a unidade hospitalar poderá integrar a rede regional de saúde, oferecendo procedimentos diagnósticos e cirúrgicos de média complexidade para a sua população, podendo expandir o atendimento referenciado para a região.

A Prefeitura de Várzea já adiantou que os procedimentos de alta complexidade, como oncologia, o município continuará utilizando os serviços do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, em Jundiaí, que é o serviço hospitalar habilitado pelo Ministério da Saúde para atender toda a região.
A Secretaria Estadual da Saúde não respondeu, até o fechamento da edição, a demanda do JJ.

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