
No início deste ano, um caso de Louveira ganhou repercussão nacional. O papagaio Loro, que vivia junto à família de Adilson Garcia há 40 anos, foi apreendido por guardas e encaminhado à ONG Mata Ciliar em Jundiaí, por não ter anilha que o identificasse como animal silvestre, que podia viver em cativeiro.
Segundo o louveirense Adilson, a ave foi encontrada ainda muito nova e bastante machucada. Ele a recolheu e cuidou. No entanto, como a lei exige comprovação da origem da ave junto ao Ibama, para coibir casos de tráfico animal, e Loro não tinha anilha, foi apreendido.
Agora, por meio de decisão liminar, a Justiça determinou a devolução do papagaio Loro a seus tutores. A ave nativa é um papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), cuja posse sem anilha do Ibama é considerado crime ambiental, conforme o art. 29 da Lei 9.605/98.
De acordo com a lei, porém, a guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena e decidir pela reintegração de posse. Apesar da liminar, o processo segue seu tramite para a apuração e decisão final da Justiça.
O papagaio esteve sob cuidados do Cras (Centro de Reabilitação de Animal silvestre) Mata Ciliar, em Jundiaí, e agora retorna a seus tutores. Confira o momento do reecontro neste vídeo.