Ter uma loja no Centro de Jundiaí tem se tornado um teste de resistência para os comerciantes. O fechamento frequente de estabelecimentos e a queda no movimento têm gerado preocupação, com muitos lojistas relatando sensação de abandono e insegurança.
Benedita Paiva, proprietária de uma loja de joias, reclama da falta de fiscalização. “Antigamente, a Guarda Muncipal circulava de bicicleta e a pé pelas ruas. Hoje, só vejo eles parados”, afirma. Para ela, a falta de policiamento tem contribuído para o abandono da região. “Esse centro está devastado”, lamenta.
Além da insegurança, Benedita também aponta a falta de infraestrutura como um dos fatores que afastam os consumidores. "As pessoas preferem ir ao shopping porque lá tem mais segurança, o estacionamento é mais barato e ainda há banheiros”. A comerciante relata um episódio recente que exemplifica o problema: "Uma mãe entrou na minha loja pedindo um espaço para amamentar o filho. Se a pessoa precisa usar o banheiro, trocar uma criança ou amamentar, tem que pagar por isso? Isso não é correto". Segundo ela, essa falta de estrutura torna o Centro menos atrativo e prejudica os lojistas.
Benedita Paiva
A empresária Nathalia Freire, que tem uma loja de roupas há um ano e três meses na rua do Rosário, compartilha a mesma preocupação. “A impressão que eu tenho é que o Centro está morrendo aos poucos”, diz. Ela destaca que a presença constante de pessoas em situação de rua em frente aos comércios gera insegurança. “Tem fim de semana que as lojas fecham às 18h, mas quase nenhuma realmente fecha nesse horário. Eu mesma não fecho, porque tenho medo”, afirma.
Para ela, a solução passa por um plano para revitalizar o Centro. “Podiam fazer algo para atrair mais pessoas para cá”, sugere.
Nathalia Freire
Outro lojista, que preferiu não se identificar, também relata problemas com a presença de pessoas em situação de rua e o consumo de bebidas na região. "Quando chegamos para abrir a loja, sempre tem gente dormindo na calçada. Durante o dia, é comum ver pessoas bebendo na frente das lojas, o que acaba afastando os clientes", relata.
Os lojistas esperam medidas para melhorar a segurança e infraestrutura.
Comentários
3 Comentários
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Benedito 13/02/2025De fato os centros de praticamente, ou todas, as grandes cidades estão condenados a acabarem. Infelizmente (para os saudosistas/ ou mais velhos) é um modelo que nós criamos (faz parte da evolução/mudanças). Queremos é gostamos dos confortos \" oferecidos \" pela nova sociedade, (que nada mais é do que um modelo que \"concordamos\" em pagar). Não \"concordamos\" em pagar para criar infraestrutura nós \"antigos \" centros. Parece um custo absurdo. Concordamos com os elevados custos das construções modernas \"shoppings\"... não podemos esquecer que de um jeito ou de outro, somos nós que teremos que pagar as contas, ou algum de nós acredita que isso é \"dado\", quando se paga um estacionamento de quase R$ 20,00 ou um lanche \"e tantas outras coisas especiais com seus devidos custos embutidos\". Estamos vivendo muitas contradições, \"defendemos a preservação de centros e prédios históricos \" mais não os \"queremos\" quando se fala nós elevados custos de manutenção e ainda assim, com elevadas restrições de ajustes para ter as infraestruturas modernas que julgamos básicas. Que mundo difícil... -
Gislaine Targino da Silva 13/02/2025Hj usei um carro de aplicativo e estávamos comentando sobre isso, o centro está morrendo. Mas essas construções antiga, apagada, triste, sem iluminação adequada. A iluminação pública daqui é muito ruim, toda morta sem vida, o preço dos estacionamento particulares e a falta de vaga nas ruas acabaram com as lojas. Estacionar no centro é muito caro. Depois da Passarela não temos mais loja de calçado no centro. Tem uma ai, que eles também está no shopping que o atendimento é péssimo. Vc entra na loja pra um vendedor te atender parece favor. Até desaprendi comprar calçados com a falta da Passarela nos moldes antigos. Não é o e-commerce que acabou com a loja física, mas a falta de uma infraestrutura organizada. Ficar olhando o resultado do e-commerce não vai resolver. Os lojistas também precisam se unir pra rever a situação dos estacionamentos caros, pra ver se melhora. Reformar as faxadas das lojas. A prefeitura está matando o centro tobando essas construções antiga e deixando a cidade cega e morta. Isso não está ajudando em nada. Por exemplo a Torres Neves tem muito comércio, mas não tem vida. Os abrigos de ônibus tudo velho. Façam um cinema no Centro. Tragam novidades. São o lojista que tem esse poder. Precisamos de investidores no centro. Tragam o Shopping para o centro. Será que em meio a tanta cabeça que temos e somos vamos deixar nosso centro morrer. Precisa tirar as pessoas em condições de ruas das ruas. O podemos fazer para ajudá los. Direcioná ao lugar certo. Os lojista se unir para \"adotar\" um morador de rua, junto com especialistas da saúde, transformar um morador em um funcionário, claro dentro do possível. Invés de buscar mão de obra qualificada, qualificar e transforma. A tempos que estamos vendo o centro morrer, mas ninguém faz nada. Hj Jundiaí já é anunciado como centro histórico pra quem quer conhecer a cidade. Não acho legal, pois o centro está morrendo. Oferecer cursos gratuito junto com a Associação Comercial.
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Agnaldo Malheiro Da Silva 11/02/2025Em relação ao movimento de pessoas nos comércios do Centro de Jundiaí, está normal isso sim pois os municípios de Várzea Paulista, Itupeva, Cabreúva e o bairro do jacaré investiram pesado em seus comércios locais e com isso as pessoas valorizam muito mais o comércio local gerando mais renda para o município em que moram e todos saem ganhando com isso, portanto quem tem que comprar no comércio de Jundiaí são os jundiaienses né!!!