VEREANÇA

Vereador do bairro ou da cidade tem de representar a população

Por Diná de Melo |
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Divulgação
Para Edicarlos, o problema que está no bairro pode ser o mesmo da cidade inteira
Para Edicarlos, o problema que está no bairro pode ser o mesmo da cidade inteira

Quando se fala em política municipal, é comum ouvirmos que há vereadores de bairros e vereadores de cidade inteira. Apesar de Jundiaí ser uma cidade grande, isso ainda é uma realidade no dia a dia do cidadão.

Conhecido pela sua atuação na no vetor oeste da cidade, Edicarlos Vieira (União)  diz que é vereador de toda a cidade, apesar de reconhecer que a proximidade com a comunidade do seu bairro facilita o trabalho para a cidade inteira. “A gente convive o dia inteiro numa região, então quando visualizamos um problema, e somos abordados pelo morador local, criamos uma ligação, e nas eleições eles se sentem mais seguros em votar no ‘vereador do bairro’, isso é importante. Porém, o problema que está naquele bairro pode ser o mesmo que está em toda a cidade, o que acaba facilitando o nosso trabalho”, comentou.

Madson Henrique (PL) comenta dos desafios previstos para o ano de 2025, com a mudança de governo, queda na arrecadação, entre outros, mas que o papel do vereador terá de ser o mesmo: “estar na ponta conversando com a população, colhendo as demandas, enviando para o executivo e, o mais importante fiscalizar o poder executivo em todos os aspectos”, concluiu.


Madson afirma que é preciso diálogo com a população e fiscalização do Executivo

Papel do vereador
Embora os vereadores tenham o poder de criar leis e fiscalizar a execução das ações do poder executivo, muitos dos problemas e promessas que eles fazem durante a campanha dependem diretamente da ação do prefeito e de outros órgãos da administração pública. Ou seja, os vereadores não têm poder para executar diretamente obras ou serviços, pois não podem aprovar projetos que tragam custo ao município.  Eles podem propor projetos, mas a execução depende da gestão municipal, o que, muitas vezes, esbarra em uma série de dificuldades logísticas, administrativas e políticas.

Se o prefeito ou a gestão atual não priorizar a realização das promessas feitas pelos vereadores ou se houver falta de articulação entre os poderes, as promessas podem acabar sendo deixadas de lado.
 
Promessas de campanha
Embora os vereadores façam promessas durante as campanhas para atrair os eleitores, as razões pelas quais muitas vezes não são cumpridas são variadas. Limitações financeiras, dependência do Executivo, mudanças nas prioridades da cidade, a burocracia do setor público e interesses partidários podem dificultar a realização dos compromissos reforçados.

Em muitos casos, também, as promessas não são cumpridas porque o foco do vereador acaba se desviando para interesses partidários ou pessoais. Quando ele se vê pressionado a atender a interesses de grupos políticos ou a fechar acordos para garantir sua reeleição, os compromissos com a população.

Além disso, alguns vereadores fazem promessas apenas para conseguir votos, sem a real intenção de cumpri-las. Isso ocorre especialmente em contextos onde há falta de fiscalização e cobrança da população, o que acaba permitindo que o político se afaste das suas reais funções.

Para a população, é importante estar atento ao trabalho do vereador e cobrar a transparência e a responsabilidade dos representantes, para que as promessas feitas não fiquem no discurso, mas se transformem em ações concretas.

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