Na ordem do dia da última sessão ordinária de 2024 estava prevista a votação de um único projeto, o que tratava do orçamento de 2025 para o município, mas outros projetos entraram para discussão em urgência. A sessão também contou com protesto e a comoção de alguns vereadores que se despediram dos seus mandatos.
O orçamento municipal para 2025 é de R$ 4,29 bilhões, valor que foi apresentado em audiência na Câmara Municipal no dia 30 de outubro pela Unidade de Gestão de Governo e Finanças. Quatro emendas à peça orçamentária foram apresentadas pelo vereador Cristiano Lopes (PP), porém nenhuma delas foi acolhida pela Comissão Mista da Câmara. O orçamento foi aprovado por unanimidade e sem discussão na manhã desta terça-feira (03). “Uma tristeza o orçamento de 2025”, comentou Edicarlos Vieira (União), algo que, segundo ele, terá de ser contornado enxugando a máquina e mantendo os serviços essenciais, que precisam continuar funcionando.
O orçamento prioriza as áreas de segurança, mobilidade e transporte público, educação e saúde, sendo a segurança a principal área de investimento do poder público local; a de mobilidade e transporte público, que demanda por maiores investimentos; educação 28,21% e saúde 24,48%.
Manifestações
Durante a sessão também houve manifestação por parte do grupo de funcionários públicos que voltaram à Câmara para pedir reposição das perdas salariais, tema que vem sendo repercutido nos últimos meses, visto que, para que essa reposição seja feita, será necessário aumento do salário do prefeito. O reajuste, segundo apurou o JJ, chega a 50%.
Outro grupo cobrava o retorno das sessões para o período noturno. O assunto foi discutido, a pedido do vereador Romildo Antônio (PSDB), mas não foi aprovada a urgência, ficando para discussão no próximo ano. De acordo com o vereador, ele vai continuar insistindo no assunto no próximo mandato.
Urgência
Outros 14 projetos entraram em regime de urgência para serem discutidos e foram aprovados, entre eles o de autoria do presidente da casa, Antonio Carlos Albino (PL), e do vereador Rogério Ricardo (PODE), que visa regularizar obras e reformas que não estão legalizadas em Jundiaí, o chamado de projeto de anistia. “Espero que o prefeito sancione esta lei, para que ela entre em vigor rapidamente para que a população consiga regularizar seus imóveis”, concluiu.
Despedida
Oito dos 19 vereadores da atual legislatura não foram reeleitos em outubro deste ano, portanto, esta foi a última sessão ordinária que participaram. Em clima de despedida, Leandro Palmarini (PL) lembrou dos 50 projetos aprovados durante seus quatro mandatos. Marcelo Gastaldo (REP) relembrou os seus cinco mandatos ininterruptos e pediu para que os colegas não deixem de levar para dentro da casa políticas públicas voltadas para as famílias, se referindo ao Dia do Nascituro instituído pela Lei nº 7160/2008 de sua autoria. Dr. Kachan Jr. (RP) se comoveu ao ver o colega se despedir.
Val Freitas(PL) também fez uso da palavra para agradecer aos eleitores pelos 16 anos que foi vereador. Antonio Carlos Albino (PL), Cicero da Saúde (PSD) e Márcio Márcio Cabeleireiro (PP) usaram as suas falas para agradecer aos funcionários da Câmara e seus assessores pelos serviços prestados e desejaram boa sorte aos novos.
