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Polícia Civil mira corrupção em previdência municipal de Jundiaí

Por Redação | Das Agências
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / Iprejun
O Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun), teria movimentações e aplicações que não condizem com a devida responsabilidade fiscal
O Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun), teria movimentações e aplicações que não condizem com a devida responsabilidade fiscal

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação quinta-feira (24) mirando suspeitos por supostos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo recursos de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de dois municípios de São Paulo: Jundiaí e Tatuí. As informações foram divulgadas pelo jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

Segundo investigações, o suporto esquema de corrupção teria envolvimento do presidente da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem), João Carlos Figueiredo, que também preside o Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun).

A operação deflagrada doi autorizada pelo juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. Durante a ação, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em 14 endereços em Jundiaí, Tatuí e na cidade de São Paulo.

O despacho de Kellner, que autorizou a operação, inclui informações de apurações indicando o nome de Figueiredo, que teria se valido da presidência Abipem e do Iprejun para influenciar a destinação de recursos dos regimes de previdência municipais a fundos de investimento, em operações que seriam intermediadas por uma empresa de outros investigados.

O trabalho de investigação da Polícia apontou que Figueiredo recebia e distribuía vantagens indevidas a administradores das entidades de previdência municipais no âmbito dessas operações e que os investimentos nos fundos nem sempre eram as melhores opções de mercado.

No entanto, o esquema foi descoberto pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) apontou “sérios indícios de práticas criminosas de corrupção, lavagem de dinheiro, desvios de recursos públicos e crime organizado”, como escreve o juiz em sua decisão.

Entre as suspeitas enumeradas no documento estão suposto desvio de valores usados em investimentos do Iprejun, órgão de previdência de Jundiaí, para contas de sócios da empresa que intermediava as operações. O Coaf também apontou saques de valores em espécie da conta do Iprejun e indícios de destinação de dinheiro da entidade para empresas-fantasmas.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou, por meio de nota divulgada por Guilherme Amado, que, “durante a ação, computadores, documentos, celulares e outros itens que possam servir como provas foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia. Os trabalhos continuam em andamento”.

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