Gestão do dinheiro público, transparência e aprovação de contas foram os temas centrais da entrevista realizada na manhã desta quinta-feira (17), nos estúdios da Rádio Difusora de Jundiaí, comandada por Itamar Gonçalves. Os entrevistados, Gerson Sartori, José Galvão Braga (Tico) e Faouaz Taha, três ex-presidentes da Câmara Municipal da cidade em diferentes anos, falaram dos seus papeis e responsabilidades quando ocuparam esse cargo. Todos eles tiveram suas contas aprovadas ao final dos seus mandatos.

Divergências partidárias à parte, os três entrevistados concordaram com a transparência no uso do dinheiro público e disseram que, para manter despesas diversas e pagamentos com funcionários, um presidente da câmara pode usar até 6% da receita total do município. “Não é porque eu posso usar um valor, que eu vou pegar todo ele para não usar e depois devolver, não faz sentido. O que precisa ser feito é a projeção do que vai ser usado no ano e usar com responsabilidade”, comentou Faouaz.

Do dinheiro repassado para a Câmara, o que não é gasto deve ser devolvido para a prefeitura, que utiliza onde for necessário na manutenção da cidade. “Na minha gestão, eu devolvi o dinheiro no meio do ano. Podemos devolver a qualquer momento para o prefeito, que utiliza onde foi necessário”, disse Sartori.

A fiscalização do uso do dinheiro público é feita anualmente pelo Tribunal de Contas. Cabe a ele apontar possíveis erros e solicitar a correção. “Nós somos informados pelo TC de que algo está errado e, como presidentes, somos alertados, isso se chama apontamentos. Nossa obrigação é corrigir isso. Corrigido temos as contas aprovadas, se não, as contas são reprovadas”, conclui Tico.

Nas considerações finais, os entrevistados lamentaram a atual situação do cenário político municipal às vésperas do segundo turno.