ESPERA

Weyla Alves, de 36, espera ter um menininho, desejo que tem desde a adolescência. "Tenho duas filhas, de 21 e 16 anos, mas há seis anos eu tento ter um menino. Eu era fértil, nas minhas duas gravidezes, eu tive facilidade. Inclusive, na última, eu tomava remédio para não engravidar. Há seis anos, eu usava o DIU, tirei e tentei engravidar, mas não conseguia de jeito nenhum. Fui ao médico e ele disse que não havia nada de errado, que estava tudo bem. Atualmente, tenho um outro parceiro, que é até mais novo, e também não consigo engravidar. Estou tentando há mais de um ano e pretendo continuar até o fim do ano, quando completo 37 anos. Mas se desde os 30 não conseguia, a cada ano fica mais difícil. Quero ser mãe de um menino desde os meus 14 anos, mas se vier mais uma menina, vou amar do mesmo jeito", relata.

Já Gabriele Rocha, de 29 anos, diz que o ovário policístico a atrapalhou no processo. "Desde a minha primeira menstruação, meu ciclo era irregular. Fiz ultrassom e o médico disse que eu tinha ovário policístico e dificuldade para engravidar. Casei em 2015 e, em 2017, resolvi parar de tomar anticoncepcional. Fiquei dois anos tentando engravidar, mas era muito frustrante, todo mês era uma espera e uma frustração quando via que não estava grávida. Meu marido fez um espermograma e só uma pequena porcentagem dos espermatozóides dele era perfeita também. Eu ia fazer tratamento, mas resolvi esperar um pouco e pedi para Deus para conseguir. Descobri a gravidez em 2020, mas foi bem conturbada. Tive hipotiroidismo e com 37 semanas tive que fazer o parto, mas ele estava perfeitinho. É o meu milagre", diz ela sobre o filho Isaac, de três anos.

Também com ovário policístico, Kelly Fascina, de 37 anos, teria dificuldade para engravidar e precisaria fazer tratamento, mas levou dois sustos. "Tive duas gestações. A primeira foi gemelar e, depois de 15 anos, tive outra, mas eu nem poderia engravidar. Quando me casei, descobri que tinha ovário policístico e meu marido também tinha problema com o esperma. Parei de tomar remédio e ia iniciar o tratamento, mas dois meses depois eu descobri que estava grávida. Aí foi um susto, porque o médico disse que ainda demoraria uns três anos em tratamento para que eu engravidasse. No ultrassom, o médico ainda disse que eram dois e que era um milagre, pois meu caso era sério."

Recentemente, a nova surpresa. "Como tenho ovário policístico, não ovulo todo mês, então preciso tomar remédio para regular o meu ciclo. Só que eu tive um enjoo e percebi que não era por nada que comi. Fiz o exame de gravidez e deu positivo. Não acreditei que pudesse estar grávida, então fiz o exame de sangue, que confirmou. Minha filha tem dois meses agora. Tem algumas situações difíceis e acho que a ansiedade de desejar atrapalha, mas meu caso foi no susto, eu não imaginava que fosse engravidar em nenhuma das vezes."