SAÚDE

Reajuste de medicamentos é mais um item que pesa no mês

Consumidores tentam fugir do reajuste de até 4,5%, ao mesmo tempo em que reclamam deste como mais um aumento entre outros de itens básicos

Por Nathália Sousa | 01/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

DANIEL TEGON POLLI

O reajuste de até 4,5% começou a valer no domingo (31) e deve alterar preços de maneira escalonada até o meio deste mês
O reajuste de até 4,5% começou a valer no domingo (31) e deve alterar preços de maneira escalonada até o meio deste mês

Todos os anos há um reajuste nos preços de medicamentos. Algo de praxe, mas que acaba representando mais um peso no bolso do brasileiro. Neste ano, o reajuste é de até 4,5%, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e implementado aos poucos e em cadeia pelas farmacêuticas, distribuidoras e drogarias. O reajuste anual é baseado na inflação média do ano anterior. Neste ano, o aumento de preços começou a valer no domingo (31).

O reajuste, porém, acontece de maneira escalonada e deve atingir todos os medicamentos apenas no meio de abril, de acordo com a farmacêutica Elaine Menezes. "Todo ano, no começo do ano, tem a aprovação da virada de preço. É tabelado todo ano, autorizado pelo governo federal. Neste ano, ouvi que teria mais de um reajuste, mas nada confirmado ainda. Por haver divulgação nos jornais, muita gente procura as drogarias antes da alta, principalmente quem faz uso de remédio de uso contínuo. Ontem (31) mesmo, muita gente queria comprar, para não pegar essa alta de até 4,5%, porque, dependendo da quantidade, faz diferença."

Ela explica que o medicamento já chega dos distribuidores com valores reajustados

"Fazemos a compra e já vem da distribuidora com aumento, então a gente tem que reajustar para ficar coerente. Tem drogaria que ainda espera um pouco para repassar o reajuste, mas outras, não. O reajuste não pega todas as classes de medicamentos de uma vez, vai acontecendo aos poucos e vai até o meio de abril, mais ou menos", conta.

SUSTO

Justamente pensando neste reajuste, Maria Aparecida Moraes estava pesquisando um medicamento pelas farmácias do Centro, a fim de encontrar o menor preço, ainda sem aplicação do reajuste. "É difícil esse reajuste. Estou pesquisando para comprar no preço antigo. Com o preço novo, o remédio que eu vou comprar custa R$ 190, mas ainda acho as últimas caixas por R$ 155, aí eu vou pesquisando nas farmácias para ver se acho no preço antigo ainda e consigo comprar sem o reajuste."

Lamentando este aumento, somado a outros de itens de necessidade básica no dia a dia, Rosangela Lima, que é mãe de um bebê, diz que o reajuste pesa. "Causa um impacto grande, ainda mais com criança pequena. Tem medicamento dele que custa R$ 150, outro custa R$ 200, aí 4,5% dá diferença. Difícil manter o principal, que é saúde e alimentação, e são o que mais pesa. Todo ano tem aumento, não só na medicação, mas também em alimentos e outras coisas", aponta.

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