EMPREENDEDORISMO

70% dos pequenos negócios vendem a partir de sites

Isolamento na pandemia de Covid-19 alavancou modalidade de venda, que saltou de 59% para 67% em poucos meses

Por Rafaela Silva Ferreira | 31/03/2024 | Tempo de leitura: 3 min

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No auge da pandemia, houve um aumento de 59% para 67% em poucos meses
No auge da pandemia, houve um aumento de 59% para 67% em poucos meses

A presença digital é uma exigência do mercado atual, já que a maior parte dos consumidores está na internet. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 70% das pequenas empresas utilizam a internet para vender seus produtos e serviços. No auge da pandemia, houve um aumento de 59% para 67% em poucos meses.

A migração para o mundo online oferece diversas vantagens. A principal delas é a ampliação do alcance, permitindo que empresas de qualquer tamanho atinjam um público muito maior do que seria possível em um espaço físico limitado. Através de um site, os produtos e serviços ficam disponíveis para clientes em todo o país e até mesmo no exterior, aumentando significativamente as oportunidades de venda. A educadora física Ana Laura Pickart Monteiro, 35 anos, conta como migrou sua administração de aulas fitness para o âmbito digital.

"Desde muita nova sempre pratiquei exercícios, como danças, natação, musculação e fazia outras aulas importantes para o corpo. Nas aulas de danças, gostava de gravar e publicar nas minhas redes sociais e em conversa com minha prima, Deborah Pickart, tive a ideia de me tornar MEI. Após isso, criei uma página do Instagram. Ali, publico vídeos de danças, alimentação saudável e claro, vídeos das minhas alunas."

Uma semana depois, Ana Laura recebeu um convite de Lívia Haddad, proprietária do grupo "Mães de Jundiaí", para ser patrocinada. "Ali também é divulgado o meu trabalho e a maioria das alunas vieram pela divulgação da página da Lívia", conta.

Factualmente, com a popularização da internet, surgiram diversas plataformas que facilitam a criação de sites, mesmo para quem não possui conhecimentos técnicos. Existem opções gratuitas e pagas, com diferentes recursos e funcionalidades, adaptando-se às necessidades e ao orçamento de cada negócio. Questionada sobre ser mais lucrativo essa forma de negócio, a educadora física diz acreditar que os sites e redes sociais ajudam.

"O ambiente online ajuda nas vendas, principalmente. Uma pessoa que gosta da minha aula, compartilha o conteúdo com outra pessoa que gosta do mesmo conteúdo, que entra em contato com o produtor para saber mais informações", exemplifica.

Para aproveitar ao máximo as oportunidades do mundo online, os pequenos negócios devem investir em um site profissional, com design atrativo, navegação fácil e conteúdo relevante para o público-alvo. É importante também utilizar ferramentas de marketing digital para atrair visitantes para o site e convertê-los em clientes. É o que fez a publicitária Leila Fernandes Ribeiro, 31 anos.

"Quando pequena, gostava muito de moda e aprendi com minha avó a costurar. Como hobby, produzia peças para presentear familiares e amigos. Então, cresci e me formei em publicidade e propaganda e decidi juntar o marketing com a moda. Criei um site de vendas de roupas."

Em 2020, durante a pandemia do Covid-19, Leila se viu em casa com mais tempo livre. Foi então que ela decidiu transformar o site em uma espécie de "brechó". Segundo a empreendedora, o investimento profissional se mostrou um grande sucesso.

"Em seis meses, consegui aumentar em 100% o número de visitantes no site. Além disso, a qualidade e a exclusividade em determinadas peças são fatores determinantes para o sucesso", finaliza.

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