EM JUNDIAÍ

Nomes da instituição e de suspeitos não serão revelados pela PF neste primeiro momento

Um resultado parcial das investigações foi divulgado pela PF e mostra que entre 2021 e inicio de 2023, foram desviados aproximadamente R$ 800 mil

Por Da Redação | 20/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Polícia

DIVULGAÇÃO

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Uma instituição beneficente de Jundiaí foi alvo nesta quarta-feira (20), da Operação Philanthropía, da Polícia Federal, com objetivo de aprofundar investigação de possível desvio de recursos públicos repassados por meio de convênios. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Jundiaí, sendo quatro em Jundiaí e um em São Paulo.

Um resultado parcial das investigações - iniciadas em março de 2023 -, foi divulgado pela PF e mostra que entre 2021 e inicio de 2023, foram desviados aproximadamente R$ 800 mil. O nome da instituição não foi divulgado pela polícia para não atrapalhar as investigações.

A pena prevista para o crime investigado (peculato) pode chegar a 12 anos de prisão.

TODO O CASO

Segundo a PF, a investigação trouxe fundados indícios de que os gestores da instituição, que recebe verbas públicas, inclusive oriundas de convênios federais e emendas parlamentares, durante os anos de 2021 e 2023 utilizaram empresas de fachada para desviar parte dos valores, em benefício próprio.

Tais empresas, inexistentes de fato, teriam sido utilizadas para simular a prestação de serviços à instituição beneficente, recebendo por isso consideráveis pagamentos. Esses recursos, pagos como contraprestação por serviços que aparentemente nunca foram prestados, foram canalizados para uso em benefício próprio da gestora da instituição.

Além das buscas durante a operação, a Justiça Federal também autorizou o congelamento de bens (sequestro e apreensão de bens e valores) dos investigados, sendo quatro pessoas físicas e duas jurídicas.

PRISÕES

Em coletiva de imprensa concedida em Campinas, a PF explicou que não ocorreram prisões neste primeiro momento. "O objetivo de não identificar os investigados é em cumprimento de norma constitucional, de direito à privacidade, uma vez que são pessoas investigadas e não condenadas. Mas o segundo aspecto, e principal, é que a instituição realmente funciona e a PF quer retirar a gestão fraudulenta que está ocorrendo, de forma que possa funcionar para quem a busca. Não há nada contra a instituição, ela já existia e acredito que continuará existindo desde que a gente possa limpar a contabilidade e analisar as provas e fazer com que os responsáveis respondam criminalmente". E segue: "A prisão agora reduz o tempo da PF para concluir a investigação, em 15 dias, tempo insuficiente para fazermos a analise documental e contábil de dois anos, de uma instituição que inclusive recebeu verba púbica. Essa é a principal razão para não pedirmos a prisão".

O caso segue sendo investigado e poderá ter desdobramentos nos próximos 30 dias.

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