Para tentar suportar o calorão, nada melhor do que se refrescar numa piscina, ou tomando aquele sorvetinho. A procura por esses produtos esteve dentro da média, mesmo com as fortes ondas de calor.

Pedro Quartaroli, de 20 anos, é dono de uma loja de piscinas e produtos relacionados. Ele afirma que a procura pelos produtos esteve dentro da média, mas, principalmente, com foco em produtos que cabem no bolso. "A demanda foi maior no começo do verão, as pessoas nos procuraram bem, mas nada que afetasse o estoque. Hoje, ainda compram, mas um pouco menos em relação a dezembro", conta.

Mesmo com as boas vendas, o dono da loja diz que os clientes estão preferindo piscinas menores. "A procura tem sido mais por piscinas de ferro ou infláveis, por conta do preço. Ao meu ver, é bom a curto prazo, mas depois de um tempo, você tem que comprar outra piscina porque a primeira estragou. Vale mais a pena comprar uma maior, rende mais a longo prazo", explica.

Pedro afirma que aumentou o estoque de piscinas para evitar problemas de venda, mas não foi necessário. "Por precaução, decidimos aumentar a quantidade de produtos, mas houve equilíbrio entre oferta e demanda, então tudo esteve dentro da média".

AR FRESCO

Laís Vanjura tem 25 anos e é auxiliar de vendas de uma loja de ares-condicionados. Por conta das altas temperaturas recentes, muitos clientes foram atrás do equipamento para aguentar o calorão.

"Hoje, o ar-condicionado não é mais um item de luxo, é uma necessidade, justamente pelo clima muito quente, ventilador não dá conta sozinho", afirma Laís.

O equipamento mais procurado é o ar-condicionado "inverter", não somente pelo conforto e ausência de barulho. "Os clientes não vão pelo preço do produto no momento da compra, mas a longo prazo, pois esse modelo economiza até 70% de energia, que reflete na conta de luz. Até hoje, a demanda é alta e a correria também. As pessoas estão mais interessadas em garantir um ar-condicionado, ainda bem que não tivemos problema de estoque", aponta a auxiliar de vendas.

DELÍCIA GELADA

Sérgio Bergamini é CEO da Jundiá, que produz sorvetes para toda a região. Ele afirma que as vendas foram bem melhores nesse verão. "Em relação ao ano passado, a procura pelos nossos sorvetes aumentou bem, por conta do calor forte".

Bergamini afirma que o consumidor exige mais qualidade. "Não adianta comprar algo barato se não tiver um gosto bom, a pior coisa que tem é você gastar dinheiro com comida que não é boa. O consumidor pode comprar menos, mas quer um bom produto para consumir, e isso é o que oferecemos", afirma o CEO.

Mesmo com a alta busca, ele conta que conseguiu equilibrar oferta e demanda. "Graças aos nossos parceiros, que enviam insumos o bastante, como embalagens e ingredientes, deu para atender o pedido dos clientes", conclui.