ENTREVISTA

Claudia Feres fala sobre carreira, vida e OSMJ

Claudia Feres é maestrina e Regente Titular e Diretora Artística da OSMJ

Por Letícia Malatesta | 02/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Jornal de Jundiaí

Divulgação

Claudia Feres
Claudia Feres

Em entrevista para o Jornal de Jundiaí, Claudia Feres, Regente Titular e Diretora Artística da Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí, hoje em sua 14ª temporada, fala sobre seus projetos e carreira.

Confira abaixo a entrevista na íntegra.

Você vai iniciar neste mês de março mais uma temporada com a Orquestra Sinfônica de Jundiaí. São décadas no trabalho de batuta. Qual o desafio de comandar um trabalho como esse, a cada ano que passa?

Primeiro, é um grande prazer poder trabalhar na área de minha formação, com o que eu realmente gosto. O grande desafio é trazer a cada ano uma programação que seja estimulante para a Orquestra, interessante para o público e que venha ao encontro da política cultural da cidade. A programação da temporada é sempre um trabalho longo, de muita pesquisa e reclusão.

Você acha que o público jundiaiense hoje está mais engajado com a cultura local? Como enxerga a formação de plateia do município? Você acredita que a entrega do "novo" Centro das Artes contribui para a formação do público cultural?

Tenho certeza de que existe um crescimento do público que procura cultura. Hoje temos um movimento muito mais consistente, regular e diverso na programação cultural em Jundiaí. A formação do público se dá pela regularidade e qualidade dos eventos e acho que isso vem acontecendo. O Centro das Artes não somente foi reformado, mas foi renovado, modernizado, com mais estrutura para os artistas e para o público e com um frescor que convida o público a procurar esse espaço.

Mesmo que tenham aumentado, ainda não são muitas as mulheres no comando de orquestras. Como você enxerga a si mesma nessa missão?

Hoje existem muitas mulheres se dedicando à regência de orquestra, mas temos poucas oportunidades de trabalho. A mulher em postos de liderança é uma construção longa a ser feita. Nossa sociedade é machista. Somos todos machistas. Precisamos trabalhar essa construção com uma atenção muito cuidadosa para que quando uma mulher chegue em um posto de liderança não replique as mesmas posturas machistas dos homens.

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