HAHAHA

Fazer da vida uma grande piada

Comediantes contam sobre o entrelaçamento de sua vida com as piadas

Por Letícia Malatesta | 25/02/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Divulgação

André Otavio é comediante da região e sempre respirou comédia
André Otavio é comediante da região e sempre respirou comédia

Fazer rir não é brincadeira, é preciso talento para que predomine a comicidade, o sorriso e a alegria. E nesta segunda-feira (26) é mais uma data feliz no calendário dos profissionais: o Dia do Comediante.

A profissão comediante surgiu na Itália, ainda durante a Idade Média. Eram espetáculos teatrais populares, apresentados nas ruas, sem texto fixo. Caracterizavam-se também pela utilização de máscaras e pela presença de personagens como Arlequim, Pierrot, Colombina, Polichinelo, Pantaleão e Briguela. Com o passar dos anos surgiram os humoristas e o famoso stand-up comedy, um sucesso nos teatros.

Um dos nomes da comédia jundiaiense é Kilbert Cesar, que conta um pouco sobre o que é o stand-up, a comédia que se é apresentada pelos palcos da cidade. "Stand-up é cotidiano, as piadas são uma situação que passei ou vi alguém passar, Ariano Suassuna já dizia 'tudo que é ruim de passar é bom de contar", comenta.

Após sete anos de profissão, Kilbert ainda se sente revigorado após cada apresentação e relata que a comédia mudou sua vida.

"Ainda me apresento com aquele friozinho na barriga, mas o palco é mágico, algumas vezes já subi indisposto, as vezes com problemas pessoais, outras vezes com problemas profissionais e quando sai do palco estava revigorado. Meu primeiro show foi incrível, ali percebi o quanto gostava de estar fazendo a plateia rir. "

Os sete anos foram definitivamente marcando para ele e a vida profissional juntou-se com a pessoal desde o início.

"Muitas coisas me marcaram. Por consumir muito stand-up, sempre tive muitos ídolos no meio, e hoje em dia já tive a oportunidade de dividir o palco com quase todos eles, alguns até virei amigo hoje me dia, isso ainda acho surreal. Eu cometi muitos erros na vida, mas hoje poder dar orgulho para meus filhos meus pais e minha esposa é algo muito marcante pra mim", aponta o comediante.

Ai fim da entrevista kilbert convida todos para conhecerem seu show: "para falar a verdade, não sei se tenho uma 'melhor piada' mas tem algumas que eu gosto muito, mas acho que não seria legal elas estarem escritas aqui, portanto, se ficou curioso, cola no meu show."

Outro comediante da região é André Otavio, que relata seu apreço pela profissão desde a adolescência.

"Quando tinha 14 anos fui pela primeira vez num show de stand-up, no teatro Polytheama, em Jundiaí, assistir ao show 'A arte do insulto', do Rafinha Bastos e como sempre acompanhei tudo de comédia, aquela vontade de fazer ficou em mim, depois de ir naquele show. Mas só tive coragem de subir num palco pela primeira vez 8 anos depois."

Assim como Kilbert, a comédia também se entrelaça na vida de André.

"A inspiração para escrever uma piada vem, literalmente, de tudo. Numa conversa com alguém, na fila de um mercado ou acordando de ressaca na casa de um desconhecido sem a calça... cada comediante tem um processo criativo, mas a inspiração é a mesma, a vida. A vida é um recurso infinito de acontecimentos que podem virar uma piada", comenta.

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