MOBILIDADE

Pauta sobre veículos elétricos ainda leva tempo, diz gestor

Em Jundiaí, mesmo com nova concessão de ônibus em andamento, frota do ônibus não será trocada tão rápido

Por Mariana Meira | 03/01/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Jornal de Jundiaí

JORNAL DE JUNDIAÍ

Em entrevista à Rádio Difusora Jundiaí, Aloysio Queiroz falou sobre desafios da transição energética
Em entrevista à Rádio Difusora Jundiaí, Aloysio Queiroz falou sobre desafios da transição energética

O fato de as discussões sobre veículos elétricos avançarem como alternativa de mobilidade em médias e grandes cidades não implica que as frotas devam ser trocadas da noite para o dia. Essa é a opinião do gestor de Mobilidade e Transporte da Prefeitura de Jundiaí, Aloysio Queiroz, que avaliou, em entrevista à Rádio Difusora Jundiaí, em que pé estão os debates pelo mundo e em Jundiaí e o que esperar dos carros sustentáveis aqui no município.

“A substituição da frota de ônibus circulares será gradativa, mas nem podemos afirmar que eles serão elétricos. Se fizermos a troca de uma só vez, inviabilizamos o negócio para as empresas”, pontuou o gestor. Queiroz refere-se ao novo edital de concessão do transporte público municipal que está sendo elaborado em Jundiaí, após vinte anos de vigência do contrato anterior.

Segundo a Unidade de Gestão, a ideia é que as novas empresas responsáveis pelo sistema tenham pelo menos uma parte da frota com menos impacto ambiental. A questão, no entanto, gira em torno de recentes diálogos mundiais que apontam que a mobilidade elétrica não é, comprovadamente, a mais indicada como solução para os espaços urbanos.

“Alguns países na Europa estão experimentando usar o hidrogênio, porque já estão questionando se o veículo elétrico é, de fato, o modelo mais adequado. Isso porque, além do custo, também há o problema de descarte das baterias. Precisamos mudar nossa matriz energética, sabemos que carros movidos a motores a combustão não têm mais futuro, mas para onde vamos mudar é uma incógnita”, avaliou.

Na Europa, um ônibus urbano elétrico roda em torno de 300 quilômetros com uma carga de bateria. Com o hidrogênio, a distância chega a 400 quilômetros. Segundo Aloysio, o continente europeu é uma das referências do poder público local no que tange à mobilidade, especialmente nos modelos de caminhabilidade que a prefeitura tem implementado dentro do programa Cidade das Crianças.

Isso significa que, além da transição energética das frotas do sistema circular gratuito, o desafio do Executivo tem sido equilibrar a expansão de uma cidade notoriamente logística levando em consideração também os pedestres.

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