EM 2024

Vamos colher impactos negativos de más políticas, diz economista

Para especialista, manobras do primeiro ano de governo federal não devem facilitar o bolso do contribuinte e investimentos do comércio

Por Mariana Meira | 31/12/2023 | Tempo de leitura: 2 min

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Para Marino Mazzei, arrecadações municipais serão desafiadoras em 2024
Para Marino Mazzei, arrecadações municipais serão desafiadoras em 2024

Mesmo depois de respirar com mais alívio após a crise econômica imposta pela pandemia de coronavírus, o Brasil pode não estar livre dos fantasmas de uma economia frágil e deve enfrentar um 2024 com muitos desafios.

Essa é a análise do economista Marino Mazzei, de Jundiaí, que não enxerga com otimismo as manobras políticas conduzidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, neste primeiro ano de gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O Brasil estava com um superávit e agora está com um déficit de R$ 170 bilhões. Aparentemente esse é um governo que não sabe poupar e aplicar os recursos em função do que existe de dinheiro", avalia o especialista.

Para Mazzei, a política de desoneração elaborado pelo ministro deve levar a um novo ano de retração econômica e aumento dos impostos, o que indica mais desemprego e menos poder de compra por parte do contribuinte, gerando menos atividade comercial.

IMPACTO AQUI

De olho no ano que vem, Mazzei cita a reforma tributária como um dos exemplos de pautas que terão implicações difíceis. "A reforma não existe, é apenas remaneja os impostos. E por conta dela os municípios terão problemas sérios para receber os impostos, porque os valores transferidos por cidade serão menores."

A própria Prefeitura de Jundiaí se manifestou contra o projeto antes de ele ser votado pelo Congresso Nacional. O prefeito Luiz Fernando Machado e o gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi, chegaram a publicar um vídeo em conjunto, nas redes sociais do chefe do Executivo, para apelar aos senadores e deputados que repensassem os prejuízos que municípios do porte de Jundiaí poderiam ter com a nova logística de tributação no país. Na publicação, eles alertaram sobre a possibilidade de impacto em serviços básicos como a saúde e a educação, devido à queda na arrecadação.

Já por parte do governo municipal, Mazzei avalia que Luiz Fernando e Parimoschi têm feito um bom trabalho. "Ele está fazendo a máquina funcionar, mais do que muitos outros prefeitos que vieram antes", diz.

Um cuidado daqui para frente, contudo, é com relação às expansões imobiliárias e industriais, uma das principais bandeiras da atual gestão. Para ele, esse crescimento está a um passo de ficar desordenado. "Não faz sentido trazer empreendimentos para cá se não houver um bom planejamento territorial e se os espaços verdes forem preservados. Jundiaí não precisa ser a terceira melhor cidade do estado, precisa ser saudável."

1 COMENTÁRIOS

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  • CADU
    31/12/2023
    Camarada, mesmo com um ano onde o governo teve que botar a casa em ordem, por conta do ex desgoverno junto com o Guedes (economista..hahahaha) ter feito uma administração horrorosa, o Brasil cresceu, e cresceu por conta de um presidente ex torneiro mecânico. Aliás o Brasil precisou de ex Torneiro mecânico para botar o país nos trilhos. E todos o prognidticos dos \"economistas\" foram errados, todos esses econômistas só entendem de economia olhando a Faria lima.. e.que vocês continuiem assim: \"secando o trabalho do Lula\", assim teremos um 2024 ainda melhor... Viva a democracia, viva o Lula até 2030!!!