ITUPEVA

Rogério Cavalin assume prefeitura em janeiro com prioridade na saúde

Prefeito eleito com mais de 56% dos votos no último domingo (3), político de 40 anos terá um ano para organizar saúde e contas públicas

Por Mariana Meira | 04/12/2023 | Tempo de leitura: 5 min
Jornal de Jundiaí

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Cavalin retomou campanha feita em 2020 e afirmou que último pleito, apesar de mais curto, foi ‘suave’
Cavalin retomou campanha feita em 2020 e afirmou que último pleito, apesar de mais curto, foi ‘suave’

Rogério Cavalin (MDB) foi eleito o novo prefeito de Itupeva no último domingo (3), com 15.902 votos válidos (59%). Em segundo lugar ficou Alexandre Mustafa (PSD), que foi vice na chapa de Marcão Marchi, cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto deste ano - ele recebeu 6.315 mil votos (23,5%).

Ficaram em terceiro e quarto, respectivamente, Lucas Fumacinha (Republicanos), com 3.260 votos (12,1%) e Jota Junior (Solidariedade), com 1.425 mil votos (5,3%). De acordo com o TSE, foram 26.902 votos válidos, 1.113 votos nulos e 904 pessoas votaram em branco.

Com Isaque Messias como vice, Cavalin assume a prefeitura, hoje comandada por Angelin Lorenção, em janeiro, e governa a cidade até o fim de 2024, quando ocorrem as eleições municipais regulares.

O Grupo JJ de Comunicação entrevistou o político com exclusividade nesta segunda-feira (4) para saber sobre seus planos de gestão; confira abaixo:

Durante a campanha, em entrevistas ao JJ, você e outros candidatos apontaram a questão das contas públicas de Itupeva como um desafio. Você acha que esse é o principal foco para 2024?

Além da situação financeira, nós temos a questão da saúde, que eu elenco como prioridade nesse próximo mandato. Andando pelas ruas durante a campanha, as pessoas da cidade me abordavam e falavam: “Rogério, me ajude com a saúde. A gente não quer mais fazer exames fora do município.” A gente não vai deixar a saúde de lado. Vai ser uma prioridade da nossa gestão. Nós precisamos dar eficiência para o setor da saúde. O hospital municipal será nossa prioridade. É o que nosso cidadão itupevense deseja e nós vamos atender esse anseio. Foi uma campanha atípica, de apenas um mês. Como foi trabalhar em tão pouco tempo? O pessoal me diz que é loucura, mas foi tranquilo (risos). Nós andamos muito, trabalhamos muito, mas foi uma campanha prazerosa. A de 2020 já foi muito boa, mas essa teve algo de surpreendente, um sentimento que nunca havia sentido. Vi um povo com olhar brilhando para político. Eu nunca vi isso, em cinco eleições. Agradeço à equipe que trabalhou comigo, incluindo meu vice, Isaque. Sem eles não teríamos tido esse resultado.

Quando se candidatou a prefeito em 2020, você já teve uma votação expressiva. Agora, come esse resultado, acredita que o cenário fique mais favorável para sua candidatura no ano que vem?

A eleição de 2020 foi um grande divisor de águas. Naquele ano, a população nos confiou 11.827 votos, e agora tivemos 15.902. Eu acho que o que justificou nosso crescimento na eleição foi continuar trabalhando e intensificando nosso amor por Itupeva de verdade. Nós demos a cara na rua, trabalhamos a nossa imagem e buscamos as soluções para os problemas que a cidade enfrenta. E eu sinto que o eleitor de Itupeva sabe da importância de a gente ter uma renovação na política. Se a gente quer resultados diferentes, precisa votar em pessoas diferentes.

Você venceu a eleição sem estar com a máquina pública, e o que dá a entender é que, no ano que vem, haverá uma equipe diferente na prefeitura. Você já começou a escolher seus secretariados?

Neste primeiro momento, estamos finalizando a parte eleitoral ainda, inclusive a prestação de contas, que precisamos seguir criteriosamente como a Justiça determina. Hoje [ontem] pela manhã conversei com o prefeito em exercício, Angelin Lorenção, que se mostrou muito disposto a realizar uma transição de governo tranquila. A diplomação pode acontecer até 5 de janeiro e a posse em 22 de janeiro, já tendo sido anunciada pela presidente da Câmara neste momento, a vereadora Ana Paula [Marciano]. Nós estamos seguindo com muita cautela esse anúncio de secretariado. E vamos montar um time técnico para nos ajudar nesse período.

Muitas pautas como a própria saúde são pensadas de forma regional, pela dependência com a rede de Jundiaí. Após a sua vitória nas eleições, você já teve oportunidade de conversar com o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, ou com outros prefeitos da região?

Ainda não conversei com o prefeito Luiz Fernando. Recebi hoje [ontem] pela manhã uma mensagem da prefeita Débora Prado, de Jarinu, o prefeito de Vinhedo também. Mas tenho certeza de que não faltarão oportunidades. Jundiaí é uma cidade muito importante aqui na nossa Região Metropolitana, no nosso polo. Sabemos da grandeza que é Jundiaí. Tenho certeza que o prefeito é sempre aberto ao diálogo, uma pessoa muito comprometida. Inclusive falei ontem [anteontem] com o vice-prefeito de Jundiaí, o querido Gustavo Martinelli.

Outro ponto que Itupeva tem em comum com Jundiaí é a mobilidade. Dá para melhorar esse setor?

Acredito que sim, e um tema muito levantado nessa eleição foi a Rodovia Vice-Prefeito Hermenegildo Tonoli. É uma pauta que diretamente vou levar ao governador Tarcísio [de Freitas]. A questão da mobilidade no município passa também por dificuldade, porque a gente tem obras em andamento. Não vamos deixar obras paradas. A gente precisa projetar novas ruas, novas avenidas, novas saídas. Isso está no plano de governo.

Você tem usado a expressão “pé no chão” para definir sua campanha. O que isso significa para o governo em si? Qual o desafio de condensar todas essas pautas em apenas um ano?

A nossa cidade tem um orçamento bom. Itupeva é uma cidade rica e bem localizada. Vai ser um ano desafiador, mas fizemos essa campanha pé no chão por quê? No nosso plano de governo a gente não apresentou nenhuma prioridade de construção, porque a gente sabe as que estão em andamento. Não fomos nós que iniciamos mas ser prefeito é continuidade de uma máquina pública que anda. E é isso que vamos fazer: dar celeridade nessas obras, entregá-las e mostrar à população que em pouco tempo resolvemos os problemas que não foram resolvidos. Sei que vai ser difícil, mas não impossível.

QUEM É ROGÉRIO CAVALIN?

Cavalin tem 40 anos, é formado em Direito e tem experiência como advogado, radialista e mestre de cerimônias. Em Itupeva, já foi vereador, Secretário de Cultura. Em 2021, atuou ainda como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Passou por algumas mudanças de partido, começando pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pelo qual fez sua primeira candidatura - vitoriosa - a vereador municipal, em 2008. Em 2012, se candidatou a vereador novamente, dessa vez pelo Partido Social Democrático (PSD). Em 2016, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) para o terceiro pleito no Legislativo, no qual ficou como suplente.

Está no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde 2020, quando lançou sua primeira candidatura a prefeito de Itupeva. Natural do município de Paranavaí (Paraná), é casado e tem dois filhos, Lorena, de 10 anos, e João, de 7.

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