SESSÃO

Câmara discute aborto sem participação feminina

Legislativo de Jundiaí acertou em abrir espaço para diferentes religiões opinarem sobre o aborto, mas população se incomodou com falta de mulheres na discussão

Por Mariana Meira | 10/10/2023 | Tempo de leitura: 1 min
Jornal de Jundiaí

Durante a sessão ordinária da Câmara de Jundiaí realizada na manhã de ontem, representantes de diferentes religiões subiram à tribuna para debater sobre a questão do aborto. O tema é pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), que começou a julgar no mês passado a ação que tenta descriminalizar o aborto feito por mulheres com até 12 semanas de gestação.

O debate teve como eixo central a Semana em Defesa da Vida e dos Valores Familiares, celebrada anualmente na segunda semana de outubro e incluída no Calendário Municipal de Eventos por meio da lei nº. 7.355, de 26 de outubro de 2009, por iniciativa do então presidente da Casa, o vereador Marcelo Gastaldo.

O parlamentar se posicionou contrário à descriminalização do aborto. “Não cabe ao STF discutir essa questão, ela é do Congresso Nacional, e foi rejeitada. Precisamos sim, nesse momento, que seja feito um movimento nacional nesse sentido. Por trás de ‘descriminalização’, se lê ‘mortes de crianças inocentes’”, frisou.

Sua fala foi seguida de diferentes representantes religiosos, mas, entre os internautas que acompanhavam a sessão pela internet, incomodou a falta de representatividade feminina nos debates. As mulheres apareceram somente no final, em um ato de homenagem dedicada pela Câmara.

Subiram à tribuna Cássio Lambert, Presidente da União das Sociedades Espíritas de Jundiaí; Gihad Ahmid Abou Abbas Presidente da UniTerreiros (representantes as religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé); o Pastor Clóvis Pontes, Presidente do CONPAS, e os Bispos Diocesanos Dom Paulo Geraldo Perboni e Dom Arnaldo Carvalheiro Neto.

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