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População cresce e rede cicloviária se defasa em Jundiaí
População cresce e rede cicloviária se defasa em Jundiaí
Com o passar dos anos, a extensão de quilômetros de ciclovias implantadas por 100 mil habitantes tem diminuído em Jundiaí
Com o passar dos anos, a extensão de quilômetros de ciclovias implantadas por 100 mil habitantes tem diminuído em Jundiaí
Divulgação

Em Jundiaí, a malha de ciclovias não tem acompanhado o aumento populacional da cidade nos últimos anos. De acordo com o Observatório Jundiaí, havia 1,89 quilômetro de ciclovia a cada 100 mil habitantes na cidade. Em 2021, o número abaixou para 1,87. Já no ano passado, havia 1,81 quilômetro de ciclovia a cada 100 mil habitantes. Atualmente, o município tem quase 9 quilômetros de ciclovias e, de acordo com o Plano Diretor (Lei 9.321/2019), a cidade tem planejamento para que mais de 180 quilômetros componham a rede (veja no mapa). O aumento é expressivo, mas, por hora, está apenas no papel.
Representante de ONGs, inclusive do Pedala Jundiaí, a qual faz parte, no Conselho Municipal de Política Territorial (CMPT), Roberto Fernandes diz que Jundiaí está, de fato, com a malha cicloviária defasada. "Tem projetados 184 quilômetros. E o plano cresce de acordo com o crescimento da cidade, só que falta tirar do papel, o plano existe faz tempo. Tem estudo para a ciclovia na Ferroviários, um fundo de desenvolvimento liberou verba para a obra e ela vai se interligar com a da Fábrica das Infâncias, com o Jardim Botânico e com o trecho de prolongamento que vai interligar a Ozanam", conta.
Roberto lembra que outros projetos são pensados há tempo. "Faço parte do CMPT e o que está em andamento é o projeto da ciclovia da Ferroviários, que ia se interligar com a ciclovia que tem na frente da Unip. O projeto seria continuar a ciclovia que vem do Eloy Chaves. Isso já deveria ter entrado na reforma da avenida Osmundo dos Santos Pellegrini. O que conta é que comerciantes fazem pressão, acham que ciclovia atrapalha. Comerciante faz pressão e o poder público recua, por isso o plano cicloviário não sai do papel. Já tinha que ter uma malha cicloviária considerável na cidade. Na Ferroviários vai ter por causa do Trem Intercidades", pontua.
PLANOS
Uma das ciclovias que ainda não virou realidade foi a da Luiz Latorre. A obra começou em março de 2021 e foi interrompida em outubro do mesmo ano, quando a gestão municipal rescindiu o contrato com a empresa que iniciou a construção, por não haver cumprimento dos prazos e execução dos trabalhos previstos no contrato. Agora, porém, com as obras viárias próximas ao local, a ciclovia deve ser concluída no pacote.
A Prefeitura de Jundiaí, por meio das Unidades de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) e Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), informa que um novo traçado cicloviário foi desenvolvido e está contemplado nas obras de ampliação da avenida Antônio Frederico Ozanan, que também contempla conexões com a avenida Luiz Latorre, além de túnel sob a Rodovia João Cereser e pontes para transposição do Rio Jundiaí. As obras contemplarão uma rede cicloviária para a região, a fim de suprir a demanda para este sistema de transporte no local. A construção da nova malha cicloviária está inclusa no pacote completo da obra de prolongamento da avenida Antônio Frederico Ozanam, orçada em R$ 147 milhões, com prazo de finalização em 540 dias.
FALTA
Para Roberto Fernandes, pessoas que se incomodam com a presença de ciclistas nas vias usam a justificativa de que a topografia da cidade não é amigável para o transporte. "É o pessoal 'carrocrata', querem que a rua só tenha carro. Hoje não tem mais a questão de relevo para andar de bicicleta, as bicicletas têm recurso para andar em qualquer terreno, não são como antigamente, pesadas, sem marcha. A questão é que a cidade foi feita para carro e motoristas acham que o espaço é só deles, mas não é. A cidade tem que ser para veículos, ciclistas e pedestres, tem que ter calçada, ciclovia."
Ele completa falando ainda que há interesse no uso da bicicleta, mas as pessoas não sentem segurança. "Muita gente em Jundiaí queria usar a bike para se locomover e não usa porque não tem estrutura segura. Tem muita gente que tem vontade, mas não tem coragem. Por isso é importante o espaço. É possível fazer ciclovia, ciclofaixa e ciclorota. A ciclovia tem um custo, mas ciclofaixa e ciclorota demandam mais planejamento do que recurso", afirma.
Em Jundiaí, a malha de ciclovias não tem acompanhado o aumento populacional da cidade nos últimos anos. De acordo com o Observatório Jundiaí, havia 1,89 quilômetro de ciclovia a cada 100 mil habitantes na cidade. Em 2021, o número abaixou para 1,87. Já no ano passado, havia 1,81 quilômetro de ciclovia a cada 100 mil habitantes. Atualmente, o município tem quase 9 quilômetros de ciclovias e, de acordo com o Plano Diretor (Lei 9.321/2019), a cidade tem planejamento para que mais de 180 quilômetros componham a rede (veja no mapa). O aumento é expressivo, mas, por hora, está apenas no papel.
Representante de ONGs, inclusive do Pedala Jundiaí, a qual faz parte, no Conselho Municipal de Política Territorial (CMPT), Roberto Fernandes diz que Jundiaí está, de fato, com a malha cicloviária defasada. "Tem projetados 184 quilômetros. E o plano cresce de acordo com o crescimento da cidade, só que falta tirar do papel, o plano existe faz tempo. Tem estudo para a ciclovia na Ferroviários, um fundo de desenvolvimento liberou verba para a obra e ela vai se interligar com a da Fábrica das Infâncias, com o Jardim Botânico e com o trecho de prolongamento que vai interligar a Ozanam", conta.
Roberto lembra que outros projetos são pensados há tempo. "Faço parte do CMPT e o que está em andamento é o projeto da ciclovia da Ferroviários, que ia se interligar com a ciclovia que tem na frente da Unip. O projeto seria continuar a ciclovia que vem do Eloy Chaves. Isso já deveria ter entrado na reforma da avenida Osmundo dos Santos Pellegrini. O que conta é que comerciantes fazem pressão, acham que ciclovia atrapalha. Comerciante faz pressão e o poder público recua, por isso o plano cicloviário não sai do papel. Já tinha que ter uma malha cicloviária considerável na cidade. Na Ferroviários vai ter por causa do Trem Intercidades", pontua.
PLANOS
Uma das ciclovias que ainda não virou realidade foi a da Luiz Latorre. A obra começou em março de 2021 e foi interrompida em outubro do mesmo ano, quando a gestão municipal rescindiu o contrato com a empresa que iniciou a construção, por não haver cumprimento dos prazos e execução dos trabalhos previstos no contrato. Agora, porém, com as obras viárias próximas ao local, a ciclovia deve ser concluída no pacote.
A Prefeitura de Jundiaí, por meio das Unidades de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) e Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), informa que um novo traçado cicloviário foi desenvolvido e está contemplado nas obras de ampliação da avenida Antônio Frederico Ozanan, que também contempla conexões com a avenida Luiz Latorre, além de túnel sob a Rodovia João Cereser e pontes para transposição do Rio Jundiaí. As obras contemplarão uma rede cicloviária para a região, a fim de suprir a demanda para este sistema de transporte no local. A construção da nova malha cicloviária está inclusa no pacote completo da obra de prolongamento da avenida Antônio Frederico Ozanam, orçada em R$ 147 milhões, com prazo de finalização em 540 dias.
FALTA
Para Roberto Fernandes, pessoas que se incomodam com a presença de ciclistas nas vias usam a justificativa de que a topografia da cidade não é amigável para o transporte. "É o pessoal 'carrocrata', querem que a rua só tenha carro. Hoje não tem mais a questão de relevo para andar de bicicleta, as bicicletas têm recurso para andar em qualquer terreno, não são como antigamente, pesadas, sem marcha. A questão é que a cidade foi feita para carro e motoristas acham que o espaço é só deles, mas não é. A cidade tem que ser para veículos, ciclistas e pedestres, tem que ter calçada, ciclovia."
Ele completa falando ainda que há interesse no uso da bicicleta, mas as pessoas não sentem segurança. "Muita gente em Jundiaí queria usar a bike para se locomover e não usa porque não tem estrutura segura. Tem muita gente que tem vontade, mas não tem coragem. Por isso é importante o espaço. É possível fazer ciclovia, ciclofaixa e ciclorota. A ciclovia tem um custo, mas ciclofaixa e ciclorota demandam mais planejamento do que recurso", afirma.
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Lucas Gomes
08/11/2023Flávio Moraes Medeiros
23/09/2023Marcelo Fernandes
22/09/2023