O evento foi marcado por diversas solenidades, entre elas a entrega da Medalha Constitucionalista, a Cerimônia de Sepultamento dos Heróis de 32 e o Desfile Cívico-militar, que contou com a participação de unidades das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, além de representantes das Forças Armadas, Associação Brasileira das Forças de Paz da ONU, Escoteiros, projetos sociais e outros grupos da sociedade civil.

Também participaram da celebração o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cássio Araújo de Freitas, o subcomandante da PM, coronel José Alexander de Albuquerque Freixo, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Gilson Cezar Pereira da Silveira, e o superintendente da Polícia Técnico-Científica, doutor Claudinei Salomão.

Troca de comando do Exército Constitucionalista 

A solenidade teve início com a transmissão simbólica do Comando do Exército Constitucionalista, que passa à Annabella Santos Carneiro. Ela é filha do general Candido Carneiro Junior, também conhecido como Condoca, que saiu da cidade de Soledade, no Rio Grande do Sul, em setembro de 1932, com destino a São Paulo para auxiliar os paulistas na luta pela redemocratização do país após o golpe de Estado de Getúlio Vargas, em 1930.

No trajeto, antes mesmo de deixar o estado do Sul, o exército do general Condoca foi surpreendido por uma tropa federalista, iniciando uma batalha que ficou conhecida como o Combate de Fão.

Annabella relembrou que seu pai não traiu os revolucionários paulistas e honrou a palavra do Rio Grande do Sul. “Ele e seus comandados combateram até o último cartucho.”

Após isso, o general foi perseguido, torturado, preso e exilado no Paraguai.

Solenidades

Após o desfile, o secretário também compareceu à sessão solene de 91º Aniversário do Movimento Constitucionalista de 32, realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. No local também foi realizada a entrega da Medalha da Constituição.

O secretário Guilherme Derrite também participou da comemoração realizada pelo Regimento de Polícia Montada “9 de Julho”, que recebeu o nome em homenagem aos paulistas que lutaram na Revolução Constitucionalista de 1932.

A Revolução Constitucionalista

Em 1932, homens e mulheres do Estado de São Paulo pegaram em armas para lutar em favor de uma nova constituição para o Brasil, que vivia sob o regime de Getúlio Vargas em seu governo provisório.

Foram 85 dias de guerra, com cerca de mil mortos. São Paulo perdeu nas trincheiras, mas conquistou o que queria: a volta da democracia. Em 1933 foram realizadas as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte. Neste ano também foi criada a Justiça Eleitoral e, pela primeira vez, as mulheres puderam votar em eleições nacionais no Brasil. Em 1934 foi promulgada a nova Constituição Federal.