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Tempo seco aumenta sintomas de doenças respiratórias

As doenças respiratórias aumentam devido a circulação de vírus em ambientes fechados

Por Yasmim Dorti | 19/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Jornal de Jundiaí

Divulgação

De acordo com o pneumologista Ericson Bagatin, as características ambientais do tempo seco se traduzem pela baixa umidade relativa do ar
De acordo com o pneumologista Ericson Bagatin, as características ambientais do tempo seco se traduzem pela baixa umidade relativa do ar

Com as baixas temperaturas dessa época do ano, em que as chuvas são mais escassas, gerando um tempo seco, pessoas que têm doenças respiratórias podem sofrer com a baixa umidade.

A estagiária de jornalismo Júlia Bertucci, de 21 anos, sofre de rinite e sinusite e, no tempo seco, os sintomas são mais frequentes. "Eu sinto falta de ar, coriza, nariz e olhos irritados, dor de cabeça e espirros. No tempo de frio os sintomas são recorrentes, principalmente no período da manhã e da noite", explicou. "Eu já estou acostumada, tenho os sintomas desde criança, então já faz parte de mim. Mas afeta um pouco, principalmente no período de pandemia, onde qualquer espirro as pessoas já achavam que era Covid-19", ressaltou.

De acordo com o médico pneumologista Ericson Bagatin, as características ambientais desse tempo seco se traduzem pela baixa umidade relativa do ar, aumento da poluição atmosférica e temperaturas baixas. "Esses fatores de frio, ar seco e poluído, são agressores para o aparelho respiratório e consequentemente os responsáveis pelo aumento de doenças como gripes, sinusites e a piora dos pacientes com asma brônquica, bronquite e enfisema pulmonar. Essas doenças respiratórias mais frequentes, quando não tratadas adequadamente, podem evoluir para pneumonia", explicou o pneumologista.

A otorrinolaringologista, Viviane Pandini, explica que as doenças respiratórias aumentam devido a circulação de vírus em ambientes fechados. "São mais frequentes, pois nessa época temos mais circulação de vírus, justamente porque as pessoas tendem a ficar em locais fechados e também pelo fato de que o frio agride a mucosa do nariz, atrapalhando seu normal funcionamento e favorecendo a instalação de quadros infecciosos agudos", explicou. "Crianças que frequentam escolas, pela grande circulação de germes e idosos são a população de risco. Pessoas que tem quadros de asma e bronquite também", ressaltou.

CUIDADOS

Para se proteger dessas doenças, Viviane explica os cuidados necessários. "É preciso aumentar a hidratação, beber muito líquido e também consumir alimentos que têm bastante água, como pepino, tomate, abobrinha, melão, melancia e sopas. Lavagem nasal diária com soro fisiológico também ajuda a evitar quadros agudos e crises de rinite. Uso de hidratantes nasais para evitar sangramento nasal (esse deve ser prescrito por um médico). Em termos de prevenção de problemas respiratórios, deve-se evitar locais fechados, de grande aglomeração de pessoas. Abrir janelas de casa para que o ar seja renovado e lavar casacos e cobertores antes do uso", explica a médica.

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