CÂMARA

Empossados, jovens vereadores 'simulam' atividade legislativa

Dezenove tomaram posse na última sexta (3) no Plenário jundiaiense; projeto busca aproximar estudantes do legislativo e da política local

Por Mariana Meira | 04/02/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Jornal de Jundiaí

Daniel Tegon Polli

Em sua 4ª Legislatura, projeto tem participação de jovens entre 12 e 17 anos e vínculo com escolas
Em sua 4ª Legislatura, projeto tem participação de jovens entre 12 e 17 anos e vínculo com escolas

A Câmara Municipal de Jundiaí empossou, na tarde da última sexta-feira (3), os 19 estudantes que agora compõem o Parlamento Jovem. Após a cerimônia de posse, no plenário, houve a eleição do presidente e do 1º e 2º secretários.

Em sua quarta Legislatura, o projeto da Casa, aberto a participantes entre 12 e 17 anos, tem como objetivo aproximar, durante um ano, o público jovem do processo legislativo e da política local, por meio de atividades, debates e também sessões para deliberar sobre pautas de relevância para a cidade.

"É um mandato simulado, em que oferecemos para esses jovens algumas práticas de conhecimento político institucional. Eles aprendem o que faz um vereador, como preparar um projeto e como funciona um regimento interno, por exemplo", explica Lucas Marques Lusvarghi, agente de Serviços Técnico da Câmara Municipal e presidente da Comissão Organizadora do Parlamento Jovem.

Durante o ano de mandato, os membros fazem sessões nos mesmos moldes dos vereadores da Casa. A diferença é que a periodicidade dos encontros plenários é menor, para não atrapalhar a vida escolar. Uma juventude que, em sua opinião, também tem muito a ensinar aos parlamentares em exercício. "É importante que os jovens estejam em contato com os líderes, mas eles têm uma visão própria de mundo que também pode agregar. É bem interessante essa experiência."

TRÂMITE NA CASA

O Parlamento Jovem foi instituído pelo decreto legislativo nº. 1.677, de 14 de novembro de 2017. O documento, assinado pelo então presidente da Casa, revogava outro decreto legislativo de 1992 que dava ao projeto o nome de Câmara Jovem.

Inicialmente, durante a concepção do projeto, uma das ideias era desmembrar o grupo em dois, um mais infantil e outro mais juvenil. Acabou optando-se, no entanto, por uma ampliação da faixa etária para aumentar a participação popular na Câmara e enriquecer os debates.

Após uma interrupção nas atividades por conta da pandemia de Covid-19, o Parlamento Jovem retornou mantendo, porém, o mesmo esquema de tramitação: abertura de inscrições para escolas interessadas e, posteriormente, votação popular online dos alunos habilitados à eleição.

Uma vez eleitos, os jovens precisam cumprir algumas exigências previstas pela Câmara, entre elas participar de treinamentos e encontros de preparação antes da posse.

Segunda candidata mais votada do grupo, Iasmin Kainah da Silva da Fonseca disse estar empolgada para a primeira vez de Parlamento Jovem, no qual pretende batalhar em projetos de melhoria do transporte público municipal. "Vou poder ajudar tanto o meu bairro, o Champirra, uma região rural e distante, mas também muitas outras pessoas que utilizam o sistema. Estou muito feliz de poder ajudar a cidade", disse a estudante, que é a mais velha dos jovens parlamentares, com 18 anos - idade permitida, uma vez que no ato da inscrição ainda possuía 17, o que é regimentalmente legal.

Na outra ponta, o caçula Mikael Richard Ramos Pinto, de 13 anos, diz que tem "perfil de líder", o que o motivou a entrar para o projeto. "A partir dos 18 anos, quero começar uma carreira na política, como vereador ou até mesmo um cargo maior", afirmou o adolescente, que quer trabalhar a favor da alimentação na rede municipal de ensino.

Na opinião de Lucas, esse engajamento é de extrema importância. "Nós entendemos que, estando aqui dentro, eles são capazes de formar opiniões e têm a possibilidade de ser um legislador melhor no futuro."

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