Estudantes, pais e professores da Etec Vasco Antônio Venchiarutti se reuniram hoje (4) em frente à Diretoria de Ensino de Jundiaí, que funciona junto à E.E. Siqueira de Moraes. O protesto ocorre por causa do episódio de violência de ontem (3), quando um ônibus com estudantes, que voltavam da escola, por volta das 15h, foi interceptado e invadido por homens que estavam junto à rodovia Anhanguera, em manifestação contra o resultado das eleições presidenciais.
Durante o protesto, diversas instituições estiveram presentes. Entre elas, o Conselho Tutelar de Jundiaí, com os conselheiros Mário Martini, Thalita Ventorini e Nereu Veiga. "Houve procura de familiares denunciando o caso ao Conselho Tutelar I, foram cinco ao todo. Com a checagem de vídeos e imagens, verificamos que teve uma violência praticada, além de psicológica, chegou à via física e de forma abusiva. Um ônibus de jovens, com um motivo torpe e tolhendo a liberdade de expressão. Todos se expressaram e os jovens foram agredidos."
"De pronto, o Conselho Tutelar se reuniu e foi elaborada uma nota de repúdio, e vamos vamos fazer uma notícia de fato, que é um encaminhamento, ao Ministério Público. A ideia é divulgar nas redes sociais e que chegue aos governos municipal, estadual, federal, Vara da Infância e Ministério Público. E tem membros da comunidade tentando apresentar na corte europeia", informam os conselheiros.
Supervisora do Centro Paula Souza, Adriana Carolo veio a Jundiaí e diz que conversará com políticos e forças de segurança. "Temos uma proposta e haverá uma conversa com a diretoria da escola, parlamentares e a Guarda Municipal para a volta presencial das aulas na segunda-feira (7)."
O CASO
A manifestação de apoiadores de Jair Bolsonaro estava desde segunda-feira (31) interditando a rodovia Anhanguera e, posteriormente, após liberação da via, ocupando a marginal. Quando os estudantes da Etevav passaram de ônibus, manifestaram apoio ao presidente eleito, Lula. Em seguida, dois homens atiraram pedras no ônibus, quebrando uma das janelas. Os estilhaços feriram um dos estudantes.
NOTA DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA
O caso foi registrado como lesão corporal no plantão do 1° DP de Jundiaí. A vítima, um menino, de 18 anos, contou na delegacia que estava dentro de um ônibus coletivo, juntamente com seus colegas de escola, quando ao passarem por uma manifestação, no retorno Quatorze de Dezembro, na Vila Rami, foi iniciada uma discussão entre os alunos e os manifestantes, momento em que uma pedra foi lançada para dentro do ônibus e atingiu o seu supercílio esquerdo. Após a agressão, ao menos quatro homens, não identificados, entraram no ônibus e começaram a discutir novamente com a vítima e os seus amigos. Um casal de manifestantes também compareceu na delegacia e prestou esclarecimentos, bem como o motorista do ônibus e amigos da vítima. Foram solicitados exames junto ao IML (Instituto Médico Legal) e o caso foi encaminhado a Delegacia de Investigações Gerais da cidade (DIG) que segue trabalhando para o total esclarecimento dos fatos.
