NOVOS DADOS

Franca tem lares mais diversos e famílias menores, aponta IBGE

Por Leonardo de Oliveira | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Pedro Baccelli/GCN
Movimentação na praça Barão, no Centro de Franca
Movimentação na praça Barão, no Centro de Franca

Novos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE, mostram um retrato atualizado das famílias francanas e revelam transformações importantes na composição dos lares. A predominância de domicílios pequenos é um dos destaques: quase um terço das casas (30,33%) tem apenas duas pessoas, enquanto 24,8% abrigam três moradores e 18,1% são unipessoais. Somados, esses grupos representam 73,23% de todos os domicílios. Já as residências com seis moradores ou mais são minoria absoluta, com apenas 2,99%, reforçando a tendência de famílias menores na cidade.

Mesmo com esse cenário, a unidade doméstica nuclear, formada por casais com ou sem filhos ou por um dos pais com filhos, continua sendo o arranjo predominante, presente em 68,13% das moradias. As famílias estendidas, que incluem parentes adicionais, somam 12,68%, enquanto as compostas por pessoas sem laços de parentesco representam pouco mais de 1%.

Outro dado que chama atenção é o número de lares sem a presença de um cônjuge. Dos 128 mil domicílios pesquisados, 40,32% não têm casal residente, o que inclui pessoas que vivem sozinhas, divorciadas, viúvas ou chefes de família sem parceiro. Já as uniões entre pessoas de sexos diferentes somam 59,09%, e as formadas por casais do mesmo sexo, 0,59%.

A responsabilidade pelo domicílio revela recortes sociais importantes. Nos lares com cônjuge e filhos, os homens aparecem como responsáveis em 22,24% dos casos, enquanto as mulheres representam 10,91%. Porém, entre os domicílios sem cônjuge e com filhos, as mulheres assumem papel majoritário: elas lideram 13,3% dos lares, contra apenas 2,08% liderados por homens. Nos domicílios com casal e sem filhos, a divisão fica em 14,13% de responsáveis homens e 7,1% de mulheres.

A média geral de moradores por domicílio é estável, 2,8 entre homens responsáveis e 2,88 entre mulheres, mas varia conforme idade e raça. Os lares chefiados por jovens de até 17 anos têm a maior média, com 3,46 moradores, enquanto responsáveis com 60 anos ou mais concentram a menor, com 2,27, reflexo do envelhecimento populacional e do fenômeno do “ninho vazio”. Por raça, as maiores médias aparecem entre lares chefiados por pessoas pretas (2,96), indígenas (2,89) e pardas (2,82). As menores estão entre os responsáveis amarelos (2,64) e brancos (2,68).


O recorte familiar também ganha novos contornos. Em Franca, 91,62% dos domicílios abrigam apenas uma família, enquanto 8,38% têm famílias conviventes. O casal com filhos permanece como o modelo mais comum, totalizando 44.334 unidades, seguido pelos casais sem filhos (26.775), que refletem tanto quem opta por não ter filhos quanto os lares já na fase pós-criação. A força das mães solos aparece novamente: somados, os lares liderados por mulheres sem cônjuge e com filhos chegam a 16.700, número muito superior ao dos homens na mesma condição, que totalizam 2.691.

Os dados revelam mudanças profundas na dinâmica domiciliar da cidade e são fundamentais para orientar políticas públicas nas áreas de habitação, assistência social, educação e apoio às famílias, considerando a diversidade de cenários que compõem o cotidiano francano.

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