Representantes de servidores municipais da área de Saúde realizaram um protesto durante a sessão da Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira, 28, contra o corte das folgas proposto pela Prefeitura de Franca, o que impactaria na carga horária dos profissionais.
A mudança na carga horária dos servidores da categoria atinge profissionais que atuam no setor de emergência, sendo as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), prontos-socorros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
A classe busca a manutenção da escala em vigor - carga de 40 horas semanais, com escala de 12x36 horas e quatro folgas por mês. A Prefeitura de Franca propõe a redução para três folgas por mês, além de estabelecer critérios para limitar os dias de descanso. Os servidores também protestam contra o horário de troca de turno, que passaria para 1h da madrugada.
O representante dos servidores, Samuel Gomide, que trabalha no Samu, discursou na Tribuna. “Os servidores da urgência e emergência já enfrentam uma rotina árdua marcada por estresse, desgaste físico e emocional. Aumentar sua jornada de trabalho não é apenas uma questão de sobrecarga, mas também uma questão de segurança. A Prefeitura quer impor uma evidente forma de coação, um horário de trabalho inexequível, com uma escala 6 por 18, com apenas uma folga semanal, que destrói a vida pessoal e profissional dos servidores”.
Samuel alertou que a escala já deverá sofrer alteração neste fim de semana e pede o apoio dos vereadores para diálogo com o Executivo. “Estamos aqui para solicitar o apoio de todos os vereadores dessa casa. É imprescindível que se manifeste um posicionamento firme contra qualquer medida que imponha mais sacrifícios aos nossos servidores da Saúde”.
O acordo coletivo dos servidores venceu em dezembro, com garantias prorrogadas até 31 de janeiro, mas as negociações sofreram entreve, levando servidores a protestar na sessão desta terça-feira.
Os vereadores Gilson Pelizaro (PT), Marília Martins (Psol), Leandro Patriota (PL) e Fransérgio (PL) pediram maior diálogo entre a categoria e o Executivo, se colocando à disposição para colaborar com as negociações.
Sindicato
O Sindicato dos Servidores Municipais informa que a escala 12x36 só é válida no sistema CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) se houver acordo entre empregador, Prefeitura e sindicato. Como não houve esse acordo, o sindicato exigirá a adoção da escala 6x18, além do número correto de enfermeiros e técnicos de enfermagem por plantão.
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Comentários
1 Comentários
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DEISE CRISTINA FELICIANO DAVID 28/01/2025Esse sistema que estão querendo implantar é desumano! Vai sobrecarregar a enfermagem mais do que já está! São seres humanos com sobrecarga física, emocional e psicológica. São pessoas que cuidam de pessoas, não são máquinas. Enfermagem sobrecarregada podem sofrer e causar sobrecarga nos atendimentos ofertados a população. Quem vai sofrer esse impacto são os usuários do serviço público! Porque não manter o que já está acordado há mais de 12 anos?